quarta-feira, 9 de julho de 2014

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Alimentação saudável PR aumenta 284% quantidade de orgânicos na merenda

No ano passado, 456 escolas, em 69 municípios paranaenses, ofertaram alimentos orgânicos na merenda dos alunos
Fonte: Bem Paraná - 13/03/13 às 11:32 atualizado às 11:41 AEN

AOPA, Associação para Desenvolvimento da Agroecologia. Colombo (foto: Hedeson Alves/SEED)

O Paraná vai servir neste ano 2.537 toneladas de alimentos orgânicos na merenda escolar dos alunos da rede estadual da educação. Além de aumentar em 284% a quantidade deste tipo de alimento em relação ao ano passado, a secretaria estadual da Educação ampliou em 61% o número de escolas atendidas com produtos orgânicos na merenda.

No ano passado, 456 escolas, em 69 municípios paranaenses, ofertaram alimentos orgânicos na merenda dos alunos. Para 2013 serão 735 escolas, em 92 municípios. O número de fornecedores também subiu de 10 para 22 cooperativas e associações de produtores orgânicos.

“O Paraná deu um grande salto na qualidade da alimentação escolar e virou referência no país. Aumentamos em quase 1.500% a destinação de recursos para compra da agricultura familiar, e dentro disto priorizamos produtos orgânicos”, disse o secretário de Estado da Educação e vice-governador, Flávio Arns.

Os orgânicos compõem um total de 12.477 toneladas de alimentos que serão fornecidos no decorrer do ano por pequenos produtores rurais. No ano passado, a agricultura familiar abasteceu metade dessa quantidade de alimentos para a merenda dos alunos da rede estadual.

Neste ano o Governo do Paraná destinou R$ 32 milhões para compra de produtos da agricultura familiar, valor que poderá chegar a R$ 45 milhões até dezembro. Em 2010, o investimento não passou de R$ 3 milhões.

A tendência de aumento da agricultura familiar e de orgânicos na merenda das escolas paranaenses deve continuar nos próximos anos. “Os produtores estão animados com resultados e investem na mudança da cultura convencional para orgânica. Todos ganham no processo, os alunos que recebem uma alimentação mais saudável, os produtores que ampliam sua renda e o meio ambiente que é poupado dos defensivos”, diz a diretora de Infraestrutura Logística da Secretaria, Márcia Stolarski.

De pai para filho: Filho de agricultor, o aluno Elinton Ceccon, 16 anos, 3ª ano do ensino médio do Colégio Estadual Abrahan Lincoln, de Colombo, acredita que o consumo de produtos orgânicos dentro da escola estimula uma dieta saudável e os benefícios do cultivo destes produtos. “Acho importante consumir o alimento orgânico, ajuda a melhorar a saúde, é mais nutritivo e pode incentivar outros produtores da região a produzir o orgânico, contribuindo para não poluir o ambiente”, conta Elinton.

A agricultura familiar na merenda é um grande incentivo para o cultivador Edilson Ceccon, pai do aluno e um dos fornecedores do colégio. Cerca de 60% da produção de hortaliças e de tubérculos da sua propriedade é destinada às escolas da região de Colombo, por meio do programa de Agricultura Familiar. “É a certeza de que a produção tem venda garantida. Motiva a gente não parar. Se não fosse assim (agricultura familiar), não tinha incentivo para produzir o alimento orgânico”, diz o agricultor Edilson Ceccon.

Para a aluna Camila Santana da Silva, 16 anos, 3º ano, do Colégio Estadual Major Vespasiano Carneiro de Mello, em Castro, a merenda está mais variada com alimentos que antes não faziam parte do cardápio escolar. “Agora está bem melhor. Todo dia temos uma coisa diferente, tem bastante salada, legumes e isso é muito bom para a saúde”, diz Camila.

A agricultura familiar fornece semanalmente para as escolas açúcares, carne, ovos, cereal, feijão, frutas, hortaliças, iogurte e similar, legumes, leite, outros lácteos, panificados e sucos.

Para chegar ao patamar atual, a Secretaria, em parceria com a Celepar investiu, no desenvolvimento de um sistema eletrônico que permite às cooperativas e associações participantes das chamadas públicas elaborarem suas propostas de venda para as escolas de todo o Estado. Este sistema faz também a classificação dos fornecedores conforme proximidade das escolas, tipo de produto (convencional ou orgânico) e participação de produtores de assentamentos e comunidades tradicionais como indígenas e quilombolas.

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