quarta-feira, 25 de junho de 2014

SEM AÇUCAR E COM AFETO!

Só dá coco com Sonia Hirsch !




O que é, o que é? Nutritivo, gostoso, barato, faz bem e todo mundo gosta. É de comer mas também se bebe, e como. Serve a doces e a salgados, tanto verde quanto maduro. Tem gordura mas não faz mal. É cheio e vazio ao mesmo tempo. Vem de uma palmeira linda, que inspira canções e dá sombra, e cujas folhas fazem um barulhinho gostoso ao vento e brilham muito ao luar...


Pois é, o coco!

Já era nosso queridinho havia muito tempo, mas agora está na crista da onda porque a ciência descobriu mais qualidades excepcionais – principalmente em seu óleo: quando extraído a frio, portanto virgem, é escandalosamente bom. Comê-lo ajuda a perder peso, aumentar a imunidade, controlar a diabete, acelerar o metabolismo, reduzir problemas de tireóide, combater infecções por protozoários, bactérias, vírus e fungos (inclusive giárdia, hepatite C, herpes, candidíase e a gripe da vez). Estimula a digestão e a absorção de nutrientes, nutre a pele e os cabelos, evita rugas, reduz o colesterol e os riscos de doenças cardíacas, câncer e obesidade. É antiinflamatório, beneficia os intestinos e triplica a energia física com menos calorias que as gorduras convencionais.

Mas a gordura do coco não é saturada?, perguntarão os mais atentos. É. Só que, ao contrário da gordurada saturada das carnes, por exemplo, a do coco se compõe de ácidos graxos de cadeia média, considerados benéficos porque não são armazenados nas células, vão direto para o fígado virar energia. Além disso, gordura de coco não contém ácidos graxos trans, muito comuns em óleos vegetais, que aumentam o mau colesterol, e é rico em ácido láurico, elemento antimicrobiano que o leite materno produz para assegurar a imunidade do bebê às infecções. Daí que já existem dietas de emagrecimento e cura à base de coco. O que é ótimo, também, porque parasitas intestinais detestam coco.

Os americanos falam até no "milagre do coco", que estão importando das Filipinas. E nós cheios de coco em casa! Estamos na República Livre do Coqueiro e não sabíamos! Dele se aproveita tudo - madeira, fibra, folhas, brotos, flores, frutos, seiva. Fornece comida, bebida, álcool, vinagre, combustível, fibras para cordas e cestos, tapetes, objetos, vasos. Não é só uma planta, é um conglomerado de produção independente!

Por aqui já temos óleo de coco virgem disponível no mercado. Uma colherada de manhã, em jejum, ou na torradinha, é um presente para o corpo. Suaviza e hidrata os cabelos e a pele quando usado após o banho, no corpo e no rosto. É excelente para quem vai tomar sol e não gosta de filtro solar, como eu: protege do vento e do excesso de sol e depois refresca a pele.

Coco é bom de qualquer jeito. A água do coco verde é nutritiva e refrescante, com fama de dissolver cálculos renais. Sua polpa, que começa a se formar, se come de colher. Quando já maduro, a polpa grossa é que interessa, para comer aos pedaços quando der vontade.

Vale ralar e misturar na salada, no arroz já cozido, no mingau, levar à mesa em potinhos à moda hindu. Quer encantar as crianças? Corte banana em rodelas e passe no coco ralado, para pegar com palitos.

Tirar leite de coco é fácil: para um coco descascado e cortado em pedaços (o revestimento marrom pode ficar ou não), ferva de meio a um litro de água. Bata tudo no liquidificador e coe num pano de fralda, espremendo bem. Acrescente então ao ensopado de peixe, ao feijão, aos inhames cozidos - tudo o que é bom fica melhor com leite de coco. Até café com leite, onde o coqueiro substitui a vaca.

No Vegetariano Social Club, gostoso restaurante carioca, a chef Thina Izidoro inventou a sopa de abóbora com leite de coco e gengibre. A própria água em que você cozinha a abóbora (de preferência tipo hokaido, ou japonesa) serve para bater no liquidificador com o coco para extrair o leite, que depois vai ser batido com os pedaços de abóbora. Quanto? Aproximadamente um quilo de abóbora para meio coco médio. Aí você leva ao fogo novamente mas não deixa ferver, junta uma colher de chá de sal e duas colheres de sopa de gengibre ralado e espremido e serve com folhinhas frescas de manjericão por cima.

Raras vezes se comerá com tanto prazer.

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