Vasinhos nas pernas raramente são associados a doenças mais graves
Entenda o que são os vasinhos e como e quando tratá-los
Por Especialista - publicado em 06/06/2014
Além
das já conhecidas e comentadas varizes dos membros inferiores, as
telangiectasias, conhecidas como "vasinhos" são alterações circulatórias
bastante frequentes e motivo de queixa comum nos consultórios dos
cirurgiões vasculares.
As telangiectasias
são vasos sanguíneos muito finos (menores que 1 milímetro) e muito
superficiais, situando-se geralmente a menos de 1 milímetro de
profundidade das camadas mais externas da pele. São vasos que carregam
sangue venoso (rico em gás carbônico) e aparecem mais comumente em
mulheres a partir da idade fértil. É frequente a queixa de aparecimento
ou aumento do número de vasinhos durante ou após a gestação.
Na vasta maioria
dos casos, tais vasinhos são de natureza benigna e frequentemente
acompanham veias varicosas. Muito raramente são indício de doenças
hepáticas ou glandulares, mas, nestes casos, outros sintomas complexos
destas doenças também tornam-se evidentes.
As telangiectasias
são usualmente assintomáticas. A maioria dos pacientes refere
principalmente o desconforto estético, enquanto outros também se queixam
de ardência ou queimação no local. As telangiectasias crescem em
extensão, isto é, espalham-se, mas crescem muito pouco em diâmetro. Em
outras palavras, estes vasinhos não aumentarão de calibre até
tornarem-se varizes - como você pode ler em minha outra coluna: Tire oito dúvidas sobre varizes nas pernas.
Tratamentos
A escleroterapia
ainda é a principal forma de tratamento das telangiectasias. Consiste na
injeção de um medicamento esclerosante, por meio de uma agulha muito
fina, diretamente dentro dos vasinhos. Esses medicamentos esclerosantes
destroem as células da parede dos vasinhos, provocando seu entupimento e
posterior absorção. O medicamento esclerosante mais utilizado ainda é a
glicose em altas concentrações, que uma vez dentro do vasinho,
desidrata as células, matando-as.
Porém, apesar da
efetividade da escleroterapia, os vasinhos podem ser resistentes, e
múltiplas sessões de tratamento podem ser necessárias até a erradicação
completa destes.
Além da escleroterapia, existe também a opção do laser, aplicado diretamente sobre a pele
e destruindo o vasinho pelo calor. É um método interessante, mas não é
superior à escleroterapia, além de ser muito mais caro. É importante
ressaltar que ambos os métodos podem apresentar complicações, tais como
manchas na pele ou pequenas feridas.
Nos casos em que
as telangiectasias ocorrem em conjunto com as varizes, pode ser
interessante fazer inicialmente a cirurgia de varizes para depois tratar
os vasinhos, pois assim os resultados costumam ser superiores.
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