quinta-feira, 14 de agosto de 2014

APRENDA A ESCOLHER!

Óleo vegetal bromado: o perigo dos refrigerantes, isotônicos e outros alimentos industrializados

Conheça sobre esse ingrediente que está tão presente em nossas vidas e os riscos que causa em nossa saúde

O óleo vegetal (de milho ou soja) pode ser muito utilizado na indústria alimentar e química, principalmente quando são adicionados átomos de bromo em sua estrutura. Com essa adição, o novo composto, chamado de óleo bromado ou óleo vegetal de bromo (BVO, na sigla em inglês - brominatedvegetal oil), fica muito mais denso (chegando a ser tão denso quanto a água), isso porque os átomos de bromo são muito mais pesados que os átomos de carbono ou hidrogênio. 
Usado na indústria química como retardante de chamas em espumas de móveis, o BVO é muito utilizado na indústria alimentar. Alimentos cozidos, farinhas para padarias, conservantes e corantes contém elevado nível de bromato, mas são os refrigerantes e isotônicos, principalmente aqueles de sabor citrus, que se destacam por conter o óleo vegetal bromado que, em grande quantidade, pode vir a ser prejudicial à saúde. O óleo vegetal de bromo atua como aditivo estabilizante, a fim de evitar que outros ingredientes se separem durante o processo de fabricação, garantindo assim a estabilidade, cor e o sabor da bebida.
Segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), o uso de óleo vegetal bromado em bebidas não alcoólicas é permitido, respeitado o limite máximo exigido de 0,0015 g/100 ml. Apesar da FDA, órgão de vigilância sanitária dos EUA, ter retirado esse ingrediente da lista de ingredientes seguros, algumas indústrias ainda utilizam o composto com baixa restrição.
No entanto, devido aos inúmeros riscos causados pelo brometo, a tendência é que as indústrias de bebidas comecem a substituir o BVO por ingredientes similares, mas menos prejudiciais. O acetato isobutirato de sacarose (SAIB) é derivado do açúcar de cana e já vem sendo usado pelas indústrias devido à característica estabilizante, e a resina éster de glicerol para a conservação da bebida - esses ingredientes, que são encontrados em gomas de mascar, já estão substituindo o óleo vegetal bromado nas indústrias de bebidas.
Efeitos na saúde
O excesso de Bromo no organismo pode desencadear diversos riscos à saúde dos consumidores. Ele compete com os mesmo receptores que são usados para captar iodo pelo organismo, portanto quanto mais bromo no corpo, menos iodo será absorvido. Dessa forma o organismo não consegue fixar a quantidade de iodo que necessita para a produção do hormônio da tireoide. A falta de iodo, consequentemente, irá causar problemas como hipotiroidismo.
O bromo tem ainda outros efeitos tóxicos no organismo. Ele atua como depressor do sistema nervoso central, causando distúrbios de memória, enfraquecimento, tremores  e pode desencadear sintomas psicológicos, como paranoia aguda e outros sintomas psicóticos. A intoxicação pelo excesso de bromo no corpo é chamada de bromismo que pode ser ocasionada quando seu consumo ultrapassa a quantidade de 0,05 g/100 ml e é identificada pelos seguintes sintomas:
• Perda de apetite e dor abdominal;• Fadiga;• Rash cutâneo e acne severo;• Arritmias cardíacas;• Infertilidade;• Hipotiroidismo.
Para reverter esses sintomas, é recomendado ingerir vitamina C, iodo e sal não refinado. E claro, a consulta ao médico é imprescindível em caso de apresentação de alguns dos sintomas.
Devido aos riscos que esse ingrediente pode causar na saúde humana, é aconselhável evitar consumir elevadas doses de produtos que contenham brometo, como os refrigerantes, principalmente os citrus e isotônicos, que não somente têm óleo vegetal de bromo, como também altas concentrações de açúcares que podem causar obesidade. Verificar os rótulos  dos refrigerantes e produtos alimentares que contém conservantes e corantes antes de consumi-los é uma maneira fácil para determinar a existência de bromo e evitá-lo. Opte por alimentos orgânicos sempre que possível.

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