O Pâncreas
O pâncreas é uma glândula mista
O pâncreas, como descrito por Dângelo e Fattini, depois do
fígado, é a glândula anexa mais volumosa do sistema digestivo. Ele está
situado posteriormente ao estômago, em posição retroperitoneal, estando
fixada à parede abdominal posterior. O órgão divide-se em três partes:• uma extremidade direita, dilatada, a cabeça, emoldurada pelo duodeno;
• um corpo, disposto transversalmente;
• uma cauda, extremidade esquerda, afinalada, que continua diretamente o corpo e se situa próximo ao baço.
O pâncreas é uma glândula mista, tanto endócrina quanto exócrina. É composto por dois tipos principais de tecido: a porção endócrina, pelas “ilhotas de Langerhans” e a porção exócrina pelos ácinos. O órgão apresenta uma cápsula de tecido conjuntivo, muito delicada, que envia septos que dividem a glândula em lóbulos. As células dos ácinos repousam sobre uma lâmina basal que é envolta por fibras reticulares e rica rede de capilares sangüíneos (Guyton & Hall, 1996).
O pâncreas exócrino humano produz, além de íons e água, as seguintes enzimas e pró-enzimas digestivas: tripsinogênio, quimiotripsinogênio, carboxipeptidase, ribonuclease, desoxiribonuclease, triacilglicerol lipase, fosfolipase, elastase e amilase. O controle da secreção pancreática é feito principalmente pelos hormônios secretina e colecistoquinina, produzidos por células êntero-endócrinas dispostas entre as células epiteliais do duodeno (Junqueira & Carneiro, 1995).
Este suco pancreático é recolhido por ductos que confluem, quase sempre, em dois canais: o ducto pancreático e o ducto pancreático acessório (menor e inconstante). Na sua terminação o ducto pancreático acola-se ao ducto colédoco para desembocar no duodeno por um óstio comum, mas também há relato de casos em que o ducto pancreático pode desembocar separadamente no duodeno.
O pâncreas do ser humano tem de 1 a 2 milhões de “ilhotas de Langerhans”, que não tem qualquer meio de esvaziar suas secreções externamente, a não ser secretá-las diretamente no sangue.
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