Coletivo Verde
23 de agosto de 2011 | Nas Categorias: Alimentação Saudável | Por: Nadia Cozzi
Esta
semana li uma notícia na Internet sobre um estudo encomendado para
avaliar o crescimento do poder aquisitivo da população brasileira. A
notícia nem era recente, coisa de alguns meses já, mas o que me chamou
atenção foi o critério de avaliação: o carrinho de compras do
supermercado. Ou melhor, o aumento de supérfluos dentro do carrinho, principalmente entre as classes C, D e E.
A
grande notícia era que o arroz e o feijão passaram a dividir espaço com
produtos considerados supérfluos. Os comentários dos leitores, então,
continham absurdos como: “o aumento do poder aquisitivo da população
brasileira abriu espaço para alimentos mais práticos e gostosos”, ou
pior, “o novo consumidor está cada mais exigente querendo trazer para si
alimentos mais saborosos, saudáveis, de preparo fácil e rápido, de
qualidade assegurada, sustentáveis e éticos”. “Saborosos e saudáveis”,
alimentos carregados de aditivos químicos que sabidamente fazem mal à
saúde? “Sustentáveis e éticos”, alimentos que poluem e fazem propaganda
enganosa? “Práticos”, sem dúvida, mas exercem sua função de alimentar?
A
falta de conhecimento é assustadora, o consumismo é fator determinante
da felicidade. E isso não acontece somente com alimentos, precisamos dos
eletrônicos mais modernos, do carro do ano, da roupa de marca, do tênis
da moda. É o culto ao ter, e não ao ser. Isso me faz pensar, também,
que a leitura dos rótulos dos alimentos e seu entendimento é condição
obrigatória para quem se procupa com qualidade e quantidade de Vida.
Mas
não basta ler, é preciso entender. Ah, é preciso também de óculos ou
lupa, pois o que realmente é importante, muitas vezes está em letras bem
pequenas e num lugar bem escondidinho. Os produtos que utilizam
matéria-prima transgênica, por exemplo, deveriam ter o selo de
identificação bem visível, certo? Não é o que acontece com um certo
amido de milho utilizado para fazer mingauzinho de bebê, que tem o selo
bem pequeno e discreto, no cantinho inferior da frente da embalagem.
A
Mídia aponta diariamente para os problemas de saúde causados pela
alimentação errada. Ensina a ler nos rótulos, a verificar a quantidade
de gordura, de sódio, de colesterol. Mas e do que é feito esse alimento?
Quais são os ingredientes que o compõe?Ao fazermos um bolo em casa,
precisamos antes separar os ingredientes que a receita pede. A farinha, o
açúcar, os ovos, o fermento, a manteiga. O alimento industrializado,
além desses ingredientes básicos, tem em sua composição uma série de
aditivos químicos que acrescentam sabor, cor, aroma e prolongam a vida
na prateleira do supermercado. Bom para o fabricante, bom para o ponto
de venda. Mas, será bom para o consumidor?
O
alimento perdeu sua energia, não tem mais muitas de suas propriedades
naturais, tornou-se meio que “plastificado”. Pode, entre outras coisas,
causar reações alérgicas. Claro que, muitas vezes, não conseguimos
escapar dos industrializados. A saída é a leitura consciente dos
rótulos, comparação entre marcas e escolha por aquelas que apresentam
menor número de aditivos químicos. Lembrete: nem sempre as marcas “Mãe” –
aquelas que a gente aprende a admirar desde criança –, são as melhores.
Vide a fabricante do amido de milho a que me referi anteriormente.
Outra
informação importante, se levarmos em conta a vitalidade do alimento, é
a Data de Validade. Sua real leitura deveria ser: “há quanto tempo este
alimento está morrendo?”. Consumam alimentos frescos, orgânicos, e se
não for possível, optem pelo alimento com maior prazo de validade, os
mais próximos da data de preparação. Fujam dos grandes descontos de
produtos com prazo de validade perto do vencimento. Você não está
fazendo um grande negócio para sua saúde, tenha certeza.
Usamos
como pretextos para utilizar os industrializados a praticidade e a
falta de tempo, mesmo sabendo que os alimentos frescos é que trazem a
vitalidade necessária para que a máquina chamada corpo humano funcione
perfeitamente. Vale a pena separar um tempinho para cuidar da nossa
alimentação.
Frutas
são ótimos lanches, iogurtes caseiros idem, assim como biscoitos e
bolos feitos em casa com carinho e ingredientes de qualidade. Temos um
post falando sobre Hora do Lanche, com alternativas bem legais. Veja
também o post Troca com Troco, que ensina a fazer o iogurte em casa.
Vou
ensinar uma salada simples, que, além de linda, tem tudo o que é
necessário para uma refeição completa, saudável e que mantém a forma.
Salada Saudável e Saborosa
Ingredientes:
- Alface lisa orgânica
- Alface roxa orgânica
- Alface mimosa orgânica
- Tomate orgânico cortado em pétalas
- Azeitonas pretas
- Queijo branco ou curado em cubinhos
- Maçã, manga, melão, carambola ou kiwi cortados em cubinhos
- Cebola raladinha (para quem gostar)
Modo de preparar:
Lave bem as folhas e deixe 15 minutos de molho numa solução de água e vinagre de maçã. Escorra e seque bem.
Arrume numa travessa as folhas de alface lisa e roxa de modo que fiquem intercaladas, uma lisa, uma roxa em camadas. Coloque as folhas de alface mimosa entre as camadas, para ficar bem bonito e dar leveza. Os demais ingredientes serão colocados nos espaços entre as folhas.
Na hora de servir, tempere com azeite extra virgem, vinagre de maçã ou limão, sal marinho e sementes de mostarda. Coloque por cima croutons temperados na manteiga e orégano ou castanhas picadinhas para dar uma crocância. Fica uma delícia.
Lave bem as folhas e deixe 15 minutos de molho numa solução de água e vinagre de maçã. Escorra e seque bem.
Arrume numa travessa as folhas de alface lisa e roxa de modo que fiquem intercaladas, uma lisa, uma roxa em camadas. Coloque as folhas de alface mimosa entre as camadas, para ficar bem bonito e dar leveza. Os demais ingredientes serão colocados nos espaços entre as folhas.
Na hora de servir, tempere com azeite extra virgem, vinagre de maçã ou limão, sal marinho e sementes de mostarda. Coloque por cima croutons temperados na manteiga e orégano ou castanhas picadinhas para dar uma crocância. Fica uma delícia.
Variações:
- Pode ser feita com qualquer tipo de folha: alfaces lisas, americanas, crespas verdes e roxas, frisantes, romanas. Almeirão, agrião, escarola, mostarda, endívias, radicchio, rúcula (mini, rendada, comum), folhas novas de espinafre, erva-doce, catalonia.
- Acrescente tomates, tomates-cereja, pepinos, rabanetes, cenouras, beterraba, pimentões.
- Se desejar, junte legumes cozidos, refogados, grelhados ou assados (berinjelas, pimentões, abobrinhas, abóboras, brócolis ou couve-flor).
- Varie também no corte dos legumes (cubinhos, rodelinhas, palitinhos).
- As frutas também são bem-vindas e dão um toque especial nas saladas. Manga, maçã, mexerica, melão, pêra, uvas, kiwi, carambola.
- Os queijos são bons acompanhantes para as saladas: queijo branco, meia cura, mussarela, parmesão, roquefort ou gorgonzola.
- Temperos: acrescente mostarda ou iogurte para dar novo sabor à salada.
O
melhor desta salada é que ela pode perfeitamente ser levada para o
almoço no escritório. É só levar o tempero separado e colocar na hora. A
“versão sanduíche” também é bem interessante: pense em tudo isso entre
duas fatias de pão caseiro integral. Se tiver uma berinjela temperadinha
fica demais!
Ainda
com relação à notícia, acho que cabe a nós sermos modelos fazendo
escolhas mais cuidadosas dos nossos alimentos, ajustadas às nossas
convicções de Vida para o Ser Humano e para o Planeta. Só assim,
poderemos dizer de fato que estamos consumindo conscientemente –produtos
de qualidade, sustentáveis e éticos.
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