Os principais estilos da Acupuntura Japonesa
Os principais estilos da Acupuntura Japonesa
Waichi Sugyama e a invenção do mandril
Temos em Sugyama
uma linha divisória, um marco na acupuntura do Japão, pois ele é o
grande responsável pela criação do tubo-guia ou mandril, conhecido no
Japão por Shinkan, bem como reconhecido pela criação das quatorze técnicas secretas de manipulação e estimulo através do uso do mandril.
Wachi
Sugyama era cego e descendia de uma família de samurais do clã Uemon.
Naquela época no Japão os cegos só tinham duas formas de ganhar a vida:
como praticantes da massagem tradicional japonesa (Anma) ou
acupunturistas. Sugyama optou por se tornar acupuntor e foi estudar em
uma escola tradicional da época do estilo Yamase. No entanto, após
alguns anos de estudo, foi desencorajado pelo próprio mestre do estilo,
que afirmou que ele jamais conseguiria se tornar um bom acupunturista,
pois não havia desenvolvido a habilidade de inserir a agulha de forma
indolor. Após esse acontecimento, Sugyama resolveu empreender em um
retiro na caverna de Benzaiten munakata, a equivalente no Japão à Deusa
hindu da sabedoria Sarasvati, buscando a iluminação e inspiração
espiritual para sua vida. Após 21 dias de jejum e recitação de mantras
para Benzaiten, Sugyama saiu da caverna sem ter recebido a inspiração
que tanto buscava, mas ao deixar a caverna, tropeçou em uma grande pedra
e ao cair teve seu pé perfurado por uma farpa de pinho. Sem conseguir
extrair o espinho do pé, ao tatear o chão encontrou um pequeno tubo de
bambu, que utilizou contra a pele extraindo por dentro do tubo a farpa
do espinho de forma completamente indolor. Após essa experiência teve a
inspiração de criar o tubo guia para a condução da agulha de forma
indolor, criando seu próprio estilo que revolucionou a acupuntura no
Japão, abrindo caminho para a abertura de mais de 45 escolas de
acupuntura voltadas para deficientes visuais. Sugyama foi um dos grandes
responsáveis pela popularização da acupuntura e moxabustão no Japão,
pois consegui o patrocínio e apoio do governo.
O estilo Dashin de acupuntura abdominal
Foi
também durante e após o período Edo que se desenvolveram inúmeros
estilos de acupuntura, pois, foi a partir dessa época que foram
introduzidas, pela primeira vez no Japão, as agulhas de prata e ouro,
favorecendo a criação de vários estilos como o da escola Dashin, criada
por Mubunsai, monge zen budista do séc. XVII, responsável pela criação
de um sistema totalmente não invasivo, aplicado somente na área do
abdôme (hara) através de agulhas espessas, tanto
de prata quanto de ouro, com a ponta abaulada e estimulada por leves
batidas de um pequeno martelo de madeira de formato chato sobre as áreas
reflexas dos órgãos no abdômen, com o objetivo de expurgar do corpo
tanto os Dokus (venenos,toxinas), como o Oketsu (sangue estagnado nos grandes órgãos). Ambos são os principais responsáveis pelo bloqueio de Ki quanto de sangue, na região do hara,
considerada pelos japoneses a principal sede ou centro vital do corpo.
Isai Misono, Filho de Mubun e acupunturista da corte do Shogun, foi quem
difundiu e ensinou a arte secreta do Mubun Dashin.
O
clássico Shindo Hiketsu Shu (Compilação de acupuntura secreta) descreve
as principais características e formas de tratamento através do estilo
de Mubun, que promove um estímulo muito peculiar através do movimento de ondas (hado) emitido pela vibração da batida do martelo nas agulhas de prata ou de ouro.
Sawada Ken (1877 / 1938) - E o estilo não universitário de acupuntura
Sawada foi um dos mais famosos e eminentes mestres Hari e kyu
do período Meiji no Japão, estudante de Taijutsu, uma antiga arte
samurai e de seitai: a arte japonesa de alinhamento osteo-articular.
Aperfeiçoou e desenvolveu grande parte de seus estudos no longo período
que viveu na Coreia. Sawada pertenceu á famosa classe de estilo de
acupuntura não universitário que via na prática a maior aliada ao
desenvolvimento e aprimoramento da acupuntura. Seu estilo não priorizava
os pontos tradicionais da acupuntura, mas, sim, os pontos vivos e
pessoais do pacientes, pontos estes que mantinham uma relação intrínseca
não só com o sintoma apresentado pelo paciente, mas, a priori, com a
raiz original da doença. Esses pontos, segundo ele, eram diferentes e
únicos em cada paciente e cabia ao acupunturista e moxoterapeuta
localizá-los através de técnicas especificas de palpação, sobretudo na
região do hara e das costas, principalmente aqueles pontos que se apresentavam endurecidos (koris) e sensíveis á palpação em geral. Sawada fazia uso da técnica de uma única agulha (ippon hari), estimulando a superficialização da energia Jaki
(energia perversa, maléfica), para depois eliminá-la do corpo através
da queima de moxa nesses pontos que, em geral, após a inserção
superficial da agulha, apresentavam-se avermelhados nas área entorno da
agulha. Sawada ficou muito famoso no Japão e, pelo que consta, ele
atendia quase 100 pacientes por dia e em sua maioria conseguia
resultados expressivos em seus tratamentos. Com o passar dos anos ele
voltou às agulhas.
Fukaya (1901 – 1974) - O Grande Mestre da Moxaterapia no Japão
Isaburo Fukaya nasceu em Tóquio em 1901 e, até os dias atuais, é considerado um dos maiores mestres de moxa (ôkyu)
no Japão. Sua história de vida é muito curiosa, pois, quando estudava
direito na universidade Nippon Nichidai e se preparava para tornar-se
monge budista, contraiu uma grave doença que o impossibilitou de
continuar seus estudos e o deixou acamado por cinco anos. Inconformado,
buscou o tratamento de moxaterapia e curou-se completamente, fazendo com
que se sentisse renascido. A partir daí resolveu devotar-se ao estudo e
prática da moxaterapia, criando um estilo próprio de ensino e
tratamento, através da moxa (Artemísia vulgaris).
Seu estilo, assim como o de Sawada, preconizava a localização e
tratamento através dos famosos pontos vivos ou operantes, descobertos
por meio de um minucioso exame palpatório em cada um dos pacientes. A
sua grande inovação foi a utilização de um tubo de bambu oco com a
abertura em um dos lados, para que, quando pressionado ao término da
queima da moxa, aproximadamente a 1mm da pele, promovesse não só a
interrupção da queima dos cones de moxa antes que esses atingissem a
pele produzindo bolhas, mas também produzisse um efeito único de
penetração do calor nos pontos e meridianos.
Manaka (1911-1989) - E as pesquisas científicas da acupuntura Japonesa
Yoshio Manaka foi um grande médico japonês do séc. XX, graduado pela Kyoto Imperial University Medical School e PhD pela Kyoto Imperial University Medical School. Manaka também era poeta,
escritor, artista e pesquisador; um mediador cultural entre a China e
Japão. Cirurgião do Exercito Japonês, responsável por tratar com a
acupuntura inúmeros soldados feridos, Manaka atuou como pesquisador da
acupuntura e sistematizou um novo mapa dos pontos de alarme (Boketsu)
na década de 70. Esteve sempre envolvido com inúmeras pesquisas
comprobatórias do fenômeno de óxido-redução nos pontos de acupuntura.
Também é reconhecido pela criação dos fios magnéticos de Ion Pumping,
que permite o fluxo de elétrons em um único sentido, tendo por objetivo
criar uma espécie de ponte de transferência de energia a partir da
polaridade contrária, positivo e negativo, transferindo os íons
positivos para lugares saudáveis.
Estilo Akabane- Hinaishin e Kyutoshin
Kobei
Akabane foi um grande acupuntor, moxaterapeuta e pesquisador da
acupuntura japonesa. Sua grande contribuição se deu em 1952, quando, ao
tratar um paciente de mesmo nome (Akabane), que era portador de
diabetes, optou por tratar os pontos insensíveis nos pés com moxa (kyu), os famosos pontos Seiketsu,
localizados nos cantos ungueais dos dedos. Ao dar continuidade ao
tratamento, ele percebeu a melhora drástica em seu paciente. Com isso,
resolveu direcionar sua pesquisa aos pontos seiketsu. A partir das experiências com esses pontos, Akabane percebeu que poderia avaliar os meridianos através da sensibilidade ao calor nos pontos seiketsu. Suas pesquisas apontaram para a energia maléfica Jaki, sobretudo
aquela proveniente do frio e do vento, como sendo a principal
responsável pelo desequilíbrio e alterações energéticas nos meridianos.
Através desses estudos, Akabane resolveu utilizar pequenas agulhas
hipodérmicas(Hinaishin) de forma subcutânea com o objetivo de estimular o corpo a expurgar a energia Jaki
para fora do organismo e dos meridianos, fazendo com que o fluxo
energético dos meridianos se restabelecesse. Segundo a lei de Osamu
presente no Nanjing, a presença da energia Jaki pode ser percebida através da vermelhidão formada ao redor da agulha.
A utilização das agulhas hinaishin de forma subcutânea é completamente indolor e, em geral, é associada também por Akabane ao Kyutoshin.Kyu significa moxa, Shin, agulha e To, ponta; literalmente, a palavra kyutoshin significa moxa fixada no cabo da agulha. Associada com o Hinaishin, esse método é muitíssimo eficaz no tratamento de inúmeras doenças e dores crônicas.
Estilo Nagano- A combinação da medicina oriental com a fisiologia ocidental.
Kyoshi
Nagano foi um dos grandes mestres da acupuntura japonesa. Deficiente
visual assim com Sugiyama, Nagano formou-se como fisioterapeuta e
acupunturista pela escola especializada em deficientes visuais de Oita
no Japão.
Desenvolveu
uma nova abordagem para a acupuntura Japonesa ao combinar os princípios
tradicionais com a visão da fisiologia ocidental e a teoria do estresse
do Dr. Hans Seyle.
O
estilo de acupuntura japonesa desenvolvido por Nagano tornou-se um
sistema completo, pois, além de abordar aspectos tradicionais da
acupuntura assim como a utilização dos pontos dos cinco elementos, ele
desenvolveu também uma abordagem própria de diagnóstico pelo hara.
Nagano
utilizou uma visão e uma linguagem acessíveis ao mundo ocidental, por
meio de seus estudos sobre o sistema nervoso autônomo, o sistema
hormonal e o sistema imunológico. Além de seus tratamentos específicos
do Inoki (sistema digestório), da desintoxicação hepática e sanguínea (oketsu),
Nagano desenvolveu inúmeros protocolos de tratamento combinando os
conceitos da medicina oriental com a ocidental, atuando sobre desde a
parte estrutural do corpo como coluna, quadril e pescoço, até os
aspectos mais sutis da medicina oriental, assim como o seu tratamento
tradicional de água e metal.
O
método Nagano tornou-se famoso pelo seu rápido efeito terapêutico na
clínica diária, pois alivia instantaneamente os sintomas enquanto
equilibra os meridianos através dos tradicionais pontos dos cinco
elementos.
Estilo Tadashi Irie- E acupuntura não invasiva
Tadashi
Irie foi um famoso acupunturista e farmacêutico da década de 70, um dos
primeiros alunos do dr. Yoshio Manaka e um dos continuadores de seu
trabalho, pois foi através dos fundamentos de Manaka e da utilização dos
fios de Ion pumping que Tadashi Irie desenvolveu seu método de
tratamento voltado para os meridianos distintos e meridianos tendino
musculares.
Após
anos de pesquisa, o Dr. Tadashi Irie desenvolveu um sistema próprio, o
qual utilizava o Irie Finger Test, um método similar o teste bidigital
O-ring test de Yoshiaki Omura para encontrar pontos pessoais do paciente e diagnose do pulso e de pontos de alarme assim como pontos do abdome (Hara).
No caso do método desenvolvido por Tadashi, coloca-se o dedo indicador
de uma mão no ponto ou área a ser testado, enquanto o dedo indicador da
outra mão é esfregado sobre a parte superior do dedo adjacente. Uma
experiência de resistência adesiva entre o polegar e o dedo indicador é
um reflexo de que a área que está sendo testada está doente.
Com
o tratamento dos meridianos distintos, o dr. Tadashi tratava tanto com
os Fios de Ion pumping, quanto com pequenas tachinhas metálicas com
esparadrapo e papel de alumínio como eletrodos. Existe também o
tratamento através de agulhas inseridas superficialmente na pele, no
entanto, este método tem sido substituído pelas formais menos invasivas.
A outra forma de trabalho do Dr. Irie está focada nos meridianos tedino-
musculares, através do uso da agulha de contato aquecida para tratar
pontos de dor ou sintomas. Esse método foi desenvolvido inicialmente
pelo Dr. Hirata através do nome Nesshin Shigeki Ryoho,
em 1930, que utilizava a aplicação de calor para tratar várias doenças
nas chamadas 12 bandas do corpo ou zonas de Hirata. Existem varias
formas de aquecer a agulha de contato, inicialmente isso era feito com
uma vela e posteriormente foi desenvolvido um aparelho elétrico de
emissão de calor em hastes metálicas tipo um ferro de solda. Essa agulha
utilizada pelo Dr. Irie é conhecida por Nesshin ou terapia de agulha quente.Nesshin 热针" (Ne como calor = Netsu 热, shin = agulha 针)
é um dos estilos japoneses de terapia de meridianos através de uma
forma de manuseio de uma haste de metal quente para estimular
delicadamente meridianos e áreas do corpo. Ela foi desenvolvido pela
acupunturista Yokoyama. A técnica é baseada na agulha Irie aquecida para
tratar Meridianos tendino-musculares segundo Tadashi Irie.Seu sistema é
muito difundido tanto dentro quanto fora do Japão.
Keiraku Chiryo - A terapia de meridiano e sua abordagem neoclássica da acupuntura.
A
Terapia de Meridiano é fruto do espírito nacionalista do povo japonês e
de sua constante busca pela perfeição e aprimoramento. A terapia de
meridiano desenvolveu-se no inicio da década de 20, tendo como líder
Yanagiya Sorei, um jovem e genial acupunturista, que defendia o estudo
sistemático dos clássicos que já aos 16 anos entrou para a primeira
escola de acupuntura para aqueles que possuíam o sentido da visão, pois,
até então, as escolas de acupuntura eram exclusivas para os cegos. Ele
devotou-se ao estudo integral desta arte adquirindo ainda bem jovem sua
licença para praticar acupuntura, tornando-se um dos grandes
pesquisadores da época através de uma nova abordagem da acupuntura
baseada na compreensão dos clássicos, dentre eles o Nanjing (o clássico
das dificuldades).
Iniciando
em 1927 sua própria escola de acupuntura e reunido vários adeptos para o
seu ideal, dando origem ao que ficou conhecido como Keiraku
Chiryo(Terapia de meridiano).
Ao
se graduar em Filosofia Oriental Sorei, tornou-se ainda mais fixo em
seus estudo e ideais e junto com Okabe Fukuji um de seus primeiros
alunos e Takeyama Shinichiro um Jornalista de um renomado jornal de
Osaka e Inou formaram em 1939 um sociedade voltada para o estudo
intensivo dos clássicos da acupuntura. Através do estudo dos clássicos a
terapia de meridiano passou a desenvolver um maneira sistemática de
tratamento e diagnostico. Trazendo um grande respaldo para acupuntura
praticada no Japão, tornando-se até os dias de hoje um dos estilos mais
praticados dentro e fora do Japão.
Toyohari- E o refinamento da Terapia de Meridiano
O
estilo Toyohari foi desenvolvido pelo mestre Kodo Fukushima que
tornou-se deficiente visual após servir nas forças armadas e tornou-se
acupunturista e dedicou-se a estudar o estilo clássico das escola
Keiraku Chiryo,a partir daí desenvolvendo um estilo próprio de
acupuntura.
A
palavra Toyohari pode ser traduzida por terapia de agulha do leste
asiático . Este método faz parte de um refinamento de 2.000 anos de
tradição da acupuntura focalizada nos meridiano e nas teorias clássicas da Ásia oriental.
Muitas
interpretações e abordagens de acupuntura foram derivadas dos primeiros
textos chineses, entre eles (no Japão) Keiraku Chiryo ou "Terapia de
Meridiano", que é uma abordagem centrada especialmente na teoria das cinco fases originalmente descrita no Nanjing.
O Sistema Hari - O retorno á abordagem espiritual da acupuntura
O
sistema Hari é fruto de anos de estudo e pesquisa do Mestre Koei
Kuwahara, no campo da Terapia de meridiano, Aikidô, chikung medicinal,
Kototama, Okidô e anos a fio de estudo da acupuntura com renomados
mestres como: Kodo Fukushima, Ikeda, Shudo Denmei, Tanyoka, dentre
outros. Com uma experiência de mais de 30 anos voltados para o Aikido e
anos de prática e estudo da acupuntura ao lado de grandes mestres com
Kodo Fukushima, com quem Kuwahara sensei estudou por os 15 anos. Este
longos anos de estudo e prática deram ao sensei Kuwahara experiência e
conhecimentos suficientes para desenvolver um estilo próprio de
acupuntura.
O sistema Hari é fruto desta vasta experiência e estudo por parte do sensei Kuwahara. As bases deste sistema estão alicerçadas na acupuntura clássica da terapia de meridiano e no sistema Toyohari;
no entanto, o poder deste estilo de acupuntura emerge da combinação das
práticas e posturas corporais advindas do Akidô e do poder espiritual
do kototama.
Na prática da acupuntura Hari, sua atuação vai além do físico e energético e atinge o campo espiritual do individuo que está sendo tratado. Segundo o sensei Koei Kuwahara, o sistema Hari faz
parte de um retorno à acupuntura original, que era considerada antes de
tudo um tratamento espiritual, pois, segundo ele, adoecemos
inicialmente no campo espiritual e a ressonância deste reflete nos
demais campos, como o energético, afetando os meridianos, e
posteriormente atingindo o corpo físico. Assim como o estilo Keiraku Chiryo e Toyohari, o sistema Hari enfatiza o tratamento de raiz, em detrimento ao tratamento sintomático.
Tendo como principal técnica o método de tonificação Ho Ho, através de uma finíssima agulha de prata conhecida por ute te ou agulha Inoue.
A sua principal característica é possuir a ponta arredondada como a de
um polegar, o que faz com que ela não seja inserida na pele. Com isso, o
praticante Hari toca suavemente essa agulha na pele, canalizando
através de Kototama as vibrações adequadas que iram modificar o estado espiritual e energético do paciente.
O Mestre Koei Kuwahara atualmente está radicado na cidade de Boston- EUA, onde possui sua clinica particular e sua escola de acupuntura.
Shonishin - A acupuntura pediátrica japonesa
No Japão existe um estilo próprio voltado quase que exclusivamente para o tratamento de crianças. Esse método é conhecido por "shonishin", palavra que vem do chinês "Erzhen" e significa "agulha ou agulhamento de crianças". Esse sistema surgiu durante o período Edo (do século XVII ao século XIX) e se popularizou na era Showa em meados do século XX.
O
método consiste em uma forma especializada de acupuntura que faz uso de
instrumentos e agulhas metálicas, que, em geral, são deslizados de
forma suave e superficial sobre a pele da criança ou bebê, com o intuito
de regular e promover o livre fluxo de Ki nos meridianos do corpo da
criança. Enquanto que a acupuntura realizada em adultos envolve a
inserção de agulhas, o shonishin
é uma forma completamente não invasiva de acupuntura, que utiliza
várias agulhas e instrumentos dos mais diferentes formatos e tamanhos
somente sobre a pele do bebê.
Segundo inúmeros relatos, a prática regular do shonishin
ajuda a promover e manter tanto a saúde física como mental da criança,
tornando-as mais fortes e tranquilas, auxiliando inclusive em seu
crescimento e desenvolvimento.
Por Valério Lima
Acupunturista e Moxaterapeuta no estilo japonês de Acupuntura
OBS: Parte desta pesquisa possui sua fonte nos textos do Professor Antônio Augusto Cunha.
Por Valério Lima
Acupunturista e Moxaterapeuta no estilo japonês de Acupuntura
OBS: Parte desta pesquisa possui sua fonte nos textos do Professor Antônio Augusto Cunha.
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