domingo, 3 de fevereiro de 2013

A GRANDE ESPERANÇA



Células-tronco:
O que são? Para que servem?

1. O que são células-tronco?
São as capazes de originar todos os tecidos e órgãos humanos.
2. Todas as células-tronco são iguais?
Não. Há células-tronco embrionárias e maduras. As primeiras existem apenas nos primeiros dias de formação de um embrião. Só elas de fato podem originar todos os tecidos e órgãos humanos. As chamadas células-tronco maduras, que existem no feto e por toda a vida de uma pessoa, têm capacidade de originar outras células muito mais limitada. Além disso, são muito raras e difíceis de isolar.
3. Por que a pesquisa básica das células embrionárias é tão importante?
Porque o conhecimento de seus mecanismos básicos é fundamental para toda pesquisa de geração de células, tecidos e órgãos em laboratório. Além disso, não se conhecem células maduras formadoras para todos os órgãos. Cientistas ainda têm muito o que aprender. Por exemplo, ainda não são bem conhecidas as substâncias que estimulam as células-tronco a se diferenciar. O processo de geração de novas células está longe de ser bem compreendido e sem isso não há como controlá-lo.
4. Por que essas células são consideradas promissoras?
Porque acenam com a possibilidade de desenvolver tratamentos para doenças hoje incuráveis, como diabetes, numerosas forma de câncer e males neurodegenerativos, além de distrofias musculares, por exemplo. Outra aplicação é a regeneração de áreas lesionadas por acidentes e derrames, como é o caso das lesões na medula causadoras de paralisia. Terapias para cegueira e surdez também estão em estudo.
5. Que tipo de embriões os pesquisadores pretendem usar?
Somente aqueles nos primeiros estágios de desenvolvimento, quando são aglomerados de cerca de cem células. Nessa fase, o sistema nervoso ainda não começou a se formar. No Brasil, a meta é usar embriões descartados gerados em clínicas de fertilização in vitro. Esses embriões, hoje, são jogados fora.
6. Que tipo de pesquisa o Brasil faz com células-tronco?
Somente com células maduras, extraídas dos próprios pacientes. Há estudos promissores para tratamento de insuficiência cardíaca, infarto, mal de Chagas, derrame e diabetes.
(De O Globo, hoje)

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