segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

PRECISA LER PARA APRENDER!




Conoce cuales son los signos de falta de proteínas

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Conoce cuales son los signos de falta de proteínas


Es preciso prestar mucha atención a las señales que nos da el cuerpo en todo momento. Su inteligencia y manera de expresarse a veces no es comprendida, sin embargo siempre nos alerta cuando hay algún desequilibrio o cuando nos faltan nutrientes, conoce a continuación cuáles son los signos de falta de proteínas.

Su déficit reduce la capacidad de limpiar los productos de desechos que los microorganismos nos dejan, los conocidos Radicales Libres. Estos actúan prolongando el daño a las células propias y de paso aumentan el riesgo de un cáncer, promovido por una infección de un virus, por ejemplo la hepatitis B o por la ingestión de productos químicos inductores o promotores de cáncer, por ejemplo pesticidas, toxinas de hongos, etc.

La falta de proteína produce vulnerabilidad a las infecciones en nuestro organismo lo que se manifiesta en el pulmón y en el intestino delgado.

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Grietas en las comisuras de la boca

Las grietas en las comisuras de la boca quieren decir que nos están faltando zinc, hierro y vitaminas del grupo B (sobre todo, B2, B3 y B12). Es común este síntoma en los vegetarianos que no llevan una dieta equilibrada, o también cuando se está haciendo régimen y no se consumen los nutrientes necesarios.

La solución a este problema es añadir a la comida: acelga, maní, lentejas, legumbres, pasta de sésamo y tomates secos (para los que no comen carne) Reforzar el consumo de vitamina C para favorecer la absorción de hierro, como por ejemplo en los cítricos, el brócoli o el pimiento.

Erupción roja en la piel y caída del cabello

Si aparecen erupciones en la piel y a su vez se nos cae el cabello quiere decir que nos está faltando biotina (B7) y sobrando algunos elementos. Para evitarlo: comer champiñones, frutos secos, salmón, aguacate, coliflor, plátanos y frambuesas.

Marcas blancas o rojas en mejillas, brazos y muslos

Si las marcas que aparecen son blancas y rojas, y se concentran en mejillas, brazos y muslos, es la traducción de la poca cantidad de ácidos grasos esenciales y de las vitaminas A y D. La solución para este problema es dejar de comer tantas grasas trans y aumentar las saludables. Alimentos como el salmón, almendras, nueces, semillas de lino, chía o el cáñamo son muy buenas alternativas para contrarrestar este problema. También las verduras de hoja verde y los tubérculos.

Hormigueo o adormecimiento de manos y pies

Si nos falta ácido fólico y las vitaminas del complejo B sentiremos hormigueos y adormencimiento en manos y pies. Está relacionado a los nervios periféricos y se suelen combinar con fatiga, depresión, ansiedad, fatiga y desequilibrios hormonales. La solución es comer remolachas, espinacas, frijoles (de todos los tipos) y espárragos.

Calambres y dolores punzantes en piernas y pies

Los calambres y dolores en las extremidades se deben a la falta de calcio, potasio y magnesio, así como también por un entrenamiento físico demasiado intenso. Para revertir esta situación es vital comer avellanas, plátanos, almendras, calabaza, manzanas, cerezas, pomelo, brócoli y todas las verduras de hojas verdes (sobre todo espinaca).

Signos de pérdida de proteína crónica

Masa muscular: Se puede perder la masa muscular y a su vez no reparar la existente. Esto es debido a que el cuerpo se “alimenta” de las proteínas que hay en los tejidos y músculos.

Crecimiento: Se nota un retraso en el crecimiento tanto físico como psicológico. Se sabe que un niño que no ha sido alimentado correctamente en los primeros años de vida, tiene muchas posibilidades de padecer problemas de educación y de crecimiento en su altura.

Sistema cardiovascular: El déficit de proteínas puede desatar problemas en el corazón, pero también diabetes tipo 2 (hipoglucemia), por un desequilibrio entre la insulina y el glucagón.

Fuente: otramedicina.com

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SAIBA!O QUE ESTA COMENDO!

NOME: AMÊNDOA (Amygdalus Communis L. ou Prunus dulcis) (Inglês: Almond )
FAMILIA: Rosaceas
ORIGEM: Originária da Ásia, a forma selvagem foi domesticada na região do Mediterrâneo, África e Mesopotâmia vêm sendo cultivadas há 3500 anos.
HISTÓRIA: Acredita-se que a amendoeira foi uma das primeiras árvores frutíferas a serem domesticadas pela possibilidade de ser reproduzida a partir de suas sementes, facilmente. Mesmo porque, esta planta não se propaga facilmente, não fosse pela domesticação. . São chamadas de frutas do inverno na Europa. Existem duas espécies de plantas sendo cultivadas: de flores brancas, produzem as amêndoas doces e as de flores cor de rosa com sementes amargas, semelhante as selvagens, usadas então para a extração do óleo. No Brasil é mais encontrada nos estados do sul.
CURIOSIDADES: O nome deriva da forma ovalada como uma amigdala (grego) Um exemplo arqueológico bem conhecido é a semente de amêndoa encontrada no túmulo de Tutankamon, no Egito em 1350 aC. As árvores foram mencionadas várias vezes na bíblia como uma das melhores frutas. Os galhos da árvore também serviram de símbolo do nascimento do Menino Jesus, no cristianismo.
Chamada de “hazel”, que significa Luz, em alguns idiomas, a amêndoa no antigo Israel, foi o símbolo de cautela e promessa devido a sua floração precoce, simbolizando a súbita e rápida salvação do povo, após o inverno rigoroso. Em hebreu o nome da semente significa “vigilante”. Sua floração coincide com a festa da árvore entre os judeus. Na Índia é conhecida como alimento bom para o cérebro e na China como símbolo de resistência a tristeza e também da beleza feminina. Na cultura asiática foram associados grandes benefícios medicinais.
COMPRAS: No comércio em geral encontramos as importadas do Chile o ano todo. No entanto estarão mais frescas e, portanto melhor para consumo, no final e início do ano.
GERMINAÇÃO: As sementes descascadas (só com a pele) germinam dentro da água e podemos ver o pólo germinativo branquinho saindo através da pele dourada em 48 horas. Já com a casca dura, o tempo será maior, 72 horas no mínimo.
DICAS DE PREPARO: As receitas feitas com amêndoas são sempre deliciosas, sejam doces ou salgadas!
CREME DE AMÊNDOAS COM LIMÃO 2 xícaras de amêndoas germinadas 1 limão (caldo e casca sem sementes) 2 colheres de mel Processe no liquidificador e acompanhe com salada de frutas picadas. Excelente!

Dermatologista alerta para cuidados com a pele no verão


Fonte: Informe Ensp
Durante o verão, aumentam as preocupações com as doenças de pele, especialmente com aquelas decorrentes da exposição excessiva ao sol, como o câncer de pele. Para alertar a população, a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) desenvolveu o Consenso Brasileiro de Fotoproteção, primeiro documento oficial sobre o assunto no Brasil.
Os objetivos da publicação e dicas sobre os cuidados com a pele no verão são o tema da entrevista concedida ao Informe Ensp pela coordenadora do Serviço de Dermatologia Ocupacial da Ensp, Maria das Graças Mota Melo, que também integra a coordenação do Departamento de Alergia e Imunologia da SBD-RJ. A especialista explica a forma mais eficaz de passar o protetor solar.
Informe ENSP: A Sociedade Brasileira de Dermatologia lançou uma série de recomendações sobre fotoproteção. O que motivou a iniciativa? Quais são as suas principais recomendações?

Maria das Graças Mota Melo: A alta incidência de câncer de pele fez com que a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) se preocupasse com essa questão e, em 1999, foi criado o Programa Nacional de Controle do Câncer da Pele. O Consenso é mais uma medida visando melhor esclarecimento e abordagem do problema. Ele representa o pensamento oficial da SBD sobre questões envolvendo a fotoproteção no Brasil, ou seja, considerando as características climáticas do país e da miscigenação da população brasileira. As principais recomendações do consenso são sobre: radiação solar e seus efeitos na pele; medidas fotoprotetoras; orientações sobre fotoproteção e vitamina D.

Informe ENSP: Quais são os principais cuidados que a população deve ter com a pele no verão? (Qual o horário recomendado para evitar a exposição ao sol?) Crianças e idosos são mais vulneráveis à exposição solar?
Maria das Graças Mota Melo: No verão, a pele deve ser protegida através de medidas como: evitar exposição solar prolongada, utilização de protetor solar e de fotoproteção mecânica (roupas, chapéus, óculos de sol, coberturas naturais ou artificiais). Deve ser estimulado o uso do maior número possível de estratégias para fotoproteção, uma vez que não há uma medida isolada que garanta a proteção ideal.  O horário recomendado para evitar exposição solar é entre 10 e 15 horas, no horário normal. Recomendações mais restritivas foram feitas para o Nordeste, devendo ser iniciada às 9 horas e, no Centro-Oeste ou nos estados com horário de verão, devendo ser estendida até as 16 horas.  As crianças e idosos são mais vulneráveis aos danos solares. As queimaduras solares, na infância propiciam o desenvolvimento de melanoma na idade adulta. O consenso da SBD faz recomendações sobre proteção solar na infância.

Informe ENSP: Há diferenças entre protetor, bloqueador e filtro solar? Como informar a população sobre o produto mais adequado para uso?

Maria das Graças Mota Melo: São denominados fotoprotetores tópicos, protetores solares ou filtros solares, os produtos utilizados na pele íntegra com a finalidade de interferir nos efeitos danosos da radiação solar incidente na pele. Quanto à formulação, os filtros ultravioleta são as substâncias ativas físicas (inorgânicas) que atuam por mecanismos de reflexão da radiação na pele ou são as substâncias químicas (orgânicas) que agem absorvendo a radiação, que incide na pele. A maioria dos protetores solares existentes combina, em suas formulações, filtros orgânicos e inorgânicos com o objetivo de atingir o nível de eficácia esperado (FPS e proteção UVA) e a cobertura mais uniforme dentro das faixas UVA e UVB.  O termo “bloqueador solar” foi abolido por dar a falsa impressão de proteção total, podendo levar o usuário a falsa sensação de segurança absoluta.  Na escolha do produto mais adequado para uso, algumas orientações são importantes:

- o Fator de Proteção Solar (FPS) mínimo recomendado pela SBD é 30. Em determinadas situações (maior sensibilidade ao sol, antecedentes pessoais ou familiares de câncer de pele, fotodermatoses, tratamento cosmiátrico, maior exposição à radiação solar no lazer ou trabalho), recomenda-se que produtos com níveis mais altos de FPS devem ser adotados.

-Protetores com FPS menores que 30 poderão ser indicados em situações e populações especiais como pacientes de pele étnica.

- A SBD recomenda o uso de filtros solares com proteção UVA, apresentando FP-UVA com no mínimo 1/3 do valor de FPS e comprimento de onda crítico igual ou maior que 370 nm. Verificar no rótulo frases como “Proteção UVA” ou “Proteção de amplo espectro”

- Produtos com resistência ou muita resistência à água devem ser utilizados em atividades ao ar livre e por banhistas

- A forma correta de uso também é fundamental. A primeira aplicação do produto deve ser feita com no mínimo 15 minutos antes da exposição, de preferência sem roupa ou com a menor quantidade possível. Duas formas de aplicação foram recomendadas: aplicação em duas camadas ou a utilização da regra da colher de chá.


- Os protetores solares devem ser reaplicados a cada 2 horas ou após longos períodos de imersão.
Informe ENSP: Em relação aos trabalhadores que exercem suas funções expostos ao sol, como devem se proteger e quais cuidados devem tomar?
Maria das Graças Mota Melo :  (1) Usar protetor solar de modo adequado, diariamente. Sugiro que sejam adotadas as mesmas recomendações da SBD para proteção solar no esporte (FPS, se possível acima de 50 e proteção UVA balanceada e proporcional);  (2) Além do protetor solar, fazem parte da proteção chapéus de abas largas, camisas de mangas compridas, calças e óculos escuros; (3) Procurar lugares com sombra sempre que possível; (4) Se possível, evitar trabalhar exposto ao sol sem proteção adequada, principalmente nos horários mais quentes do dia (entre 10h e 16h); (5) Evitar exposição ao sol quando não estiver trabalhando; (6) Procurar um serviço de dermatologia ao encontrar alterações suspeitas na pele.
Informe ENSP: Comente o trabalho realizado pelo Serviço de Dermatologia do Centro de Estudos da Saúde do Trabalhador e Ecologia Humana (Cesteh/ ENSP).
Maria das Graças Mota Melo: Além dos cuidados no exame dermatológico dos pacientes atendidos na rotina do Serviço e das orientações fornecidas sobre fotoproteção, conforme cada caso, em 29/11/2013 foram desenvolvidas no Cesteh atividades de sensibilização sobre prevenção contra câncer de pele. Apresentei palestra sobre o tema para os pacientes agendados para consulta médica, nas várias especialidades existentes no Serviço. Além disso, os funcionários da setor de acolhimento do Cesteh desenvolveram atividades como demonstração de produtos para fotoproteção mecânica (chapéus, roupas, óculos de sol), cartazes com técnica de exame da pele, endereços de locais de atendimento na Campanha de Prevenção do Câncer de Pele, que ocorreria no dia seguinte (30/11/2013). Foram distribuídos folders sobre proteção solar e sobre proteção para trabalhadores expostos ao sol.
Leia mais.

USEI NO CONTROLE DO DIABETES II


cacau germinado e fermentado

Quinta-feira, 05/12/2013
CACAU (Theobroma cacao L.)
Fam. Sterculiaceae 
Inglês:   cacao, cocoa                    
Originária da América Central e Brasil, os astecas, no México, acreditavam que a semente de cacau era um presente dos céus. Chamavam a planta de árvore da vida” e utilizavam as sementes como moeda. Os maias, por volta de 600 a.C. já plantavam o cacau e dele, obtinham uma bebida, o tchocolath. Era considerado uma fruta oferecida pelos deuses aos homens.  As sementes consideradas como alimento sagrado foram levadas pelos monges  para a Europa. Todas as civilizações ou etnias reconheceram em seu ecossistema algum alimento que pudesse alimentar a massa da população ou mesmo grupos específicos que necessitavam de maiores cuidados no seu desenvolvimento, como guerreiros, monges, reis, crianças em desenvolviment. Estes alimentos eram então considerados “sagrados”. Os monges desenvolveram a receita misturando com leite e açúcar tornando o chocolate numa pasta doce, deixando de ser, depois de dois mil anos, uma bebida.
Por ser plantado à sombra da floresta o cacau foi responsável pela preservação de grandes corredores de Mata Atlântica no sul do Estado da Bahia e, mais recentemente em algumas regiões do Estado do Rio. A época boa de comprar o cacau é de março a agosto ou setembro a fevereiro, pois possui duas fases de produção por ano.
              A semente de cacau crua tem sido colocada entre os chamados "superfoods" (super alimentos) porque é extremamente rico em nutrientes e vitalidade.
              A germinação é simples:
Separe a semente depois consumir a polpa do cacau. Lave bem com gotas de limão para retirar o excesso de goma que a envolve. Coloque dentro de água por 72h, trocando a água diariamente. Depois desse período de molho coloque o filó e elástico no vidro e termine a germinação no ar até que apareçam os narizinhos. Com alguma freqüência encontramos as sementes já germinadas dentro do fruto.
Descasque a semente e triture com um pouco de água e deixe fermentar por 48h num coador de voal, pendurado.
Desidrate no sol formando uma farinha grossa como Nibs. Depois invente receitas.
Lembre-se que são sementes altamente energéticas e por isso depois de comer (durante o dia), invente muita coisa para fazer!!
Sugestões de receitas: Creme de banana com cacau germinado
Preparo: Adicione o cacau desidratado ao creme de banana. Muito bom!
Observações: Pelo alto teor de teobromina no cacau existe controvérsias se a semente pode ou não ser consumida sem passar pela fermentação. Em nossa experiência a falta de fermentação promove as taquicardias indesejáveis sugestivas da presença de teobromina.
COMERCIALIZAÇÂO DO CACAU EM PASTA OU EM PÓ:
A pasta do cacau é crua e viva?
Não, segundo observamos na visita a uma fábrica de beneficiamento do cacau!
Nem crua nem viva, lamentamos!
Esta foi a nossa conclusão depois de uma imersão na região do cacau em Ilhéus, Bahia.
Como todos sabem, os adeptos da alimentação viva no Brasil buscam ingredientes  que são encontrados a venda no exterior e que enriquecem a culinária. Ainda mais o cacau, planta abundante no Brasil e que oferece tantas receitas deliciosas!
Encontramos na zona cacaueira muita simpatia, amabilidade e acolhimento dos baianos!
E aprendemos muito sobre o assunto.

Sobre a produção do cacau
A região do sul da Bahia é verde, mata fechada durante horas de estrada. O cacau está por baixo das florestas! Lindo e esperançoso não fosse o reconhecimento da crise da vassoura de bruxa na região. A crise não passou!!!! Inúmeras fazendas abandonadas, pois não encontraram solução e caíram em falência. A população desempregada, alcoolismo e crack em abundância e a ausência de medidas efetivas que animem os produtores. Os barões do cacau parecem que estão endividados até a alma! Quando a fazenda ainda tem movimento são poucos os telhados que se abrem, porque a colheita do cacau está minguada! (Vocês sabem que eles secam o cacau debaixo do telhado que se abre para o sol durante o dia e fecha a noite).
A tentativa de produzir sem uso de venenos foi um dos motivos de nossa visita. Muitas fazendas de cultivo convencional e no meio uma pequena parte tentando o manejo mecânico sem o Roundup. Encontramos neste lugar um ensaio de um pensamento agroecológico com consciência sobre a importância da justiça social aliada a produção de alimentos e preservação ambiental.
Já pensaram que as florestas de cultivo convencional daqui há um tempo estarão com o solo e o lençol freático cheios de glifosato? Hoje as florestas estão belas, mas se continuar esse processo não veremos isso por muito tempo!
A colheita do cacau mostrou que ainda o rumo dos frutos sadios estava menor que aqueles infectados. (O cacau fino ou gourmet que é comercializado como cru vem do lote sadio. O restante vai pra indústria convencional, torrado). O manejo do cacaueiro exige dedicação ainda mais com a infestação da vassoura de bruxa que, como aprendemos, foi introduzida por mãos humanas e que nunca foi devidamente investigado e saneado! Um clima de tensão entre os plantadores que se sentem injustiçados!

O processamento do cacau
Depois de colhidos e abertos, saboreamos o liquido da primeira prensa das sementes: o "mel do cacau", que é delicioso!
As sementes espremidas vão para o cocho de madeira, onde serão fermentadas por cinco dias. Aqui mora o primeiro problema de controle  da temperatura, pois as sementes serão aquecidas pela fermentação. Nenhum controle instalado coloca em risco o processo, pois a fermentação pode chegar a 60° se não for feito o manejo correto. E descobrimos que definitivamente não é cacau vivo porque este processo visa exatamente matar o germe do cacau que vai atrapalhar na secagem. Vida curta tem a semente do cacau colhido!

Passo seguinte as sementes serão lavadas para interromper a fermentação. Secas ao sol durante o verão mas passam o inverno chuvoso por secagem em forno a lenha  (não recomendado pela Ceplac), onde novamente o controle de temperatura é muito importante e não vimos como é feito isso!
Selecionas e embaladas passam a etapa seguinte da “descascadeira”.
Aqui um detalhe interessante: as descascadeiras foram projetadas para sementes torradas e, aquelas que tem uma umidade maior não conseguem ser descorticadas com eficiência, segundo eles. Encarece o custo neste etapa pois é preciso usar a máquina várias vezes. Aspiradas as cascas e partidas as sementes estão prontos os "Nibs".
Uma parte dos Nibs vai para a produção da “Pasta de cacau” onde serão mais processados e passam muitas horas batendo numa grande batedeira. Novamente o controle de temperatura se faz importante, pois a máquina tende a aquecer acima de 60° no início.
E, finalmente serão esfriadas e embaladas para a venda.
No caso dos bombons que vimos, 50% era cacau e 50% era farinha de banana orgânica com aqueles aditivos químicos que são permitidos por lei. Nenhuma referência sobre o processo de preparação. Farinha crua???? Dificilmente, pois estava embalada em grandes sacos de plástico dizendo apenas que eram de cultivo orgânico.
No caso de nossa visita ainda tivemos a surpresa de ver que as sementes usadas na fábrica de chocolate tinham sido compradas de uma cooperativa, marcadas como selecionadas e orgânicas. Nenhuma referência sobre o processo de mantê-las cruas. Finalmente não vimos nenhum controle instalado monitorando a temperatura do cacau em nenhuma das etapas, apenas a informação sobre o uso de aparelhos próprios que podem ser usados pelo monitor.

Conclusão:
Vejam que situação: os produtores tentando de verdade encontrar caminhos técnicos para produzir o cacau cru, mas a complexidade do processo e a mão de obra não especializada atrapalha. Ainda mais num ambiente infectado pela tristeza da doença do cacau!
E, por outro lado os consumidores exigentes que esperam o produto bom!
Recaímos novamente na idoneidade dos rótulos e das embalagens. Os consumidores confiam no que está escrito, e não têm outra saída.
Esperamos que esse grupo de pessoas realmente interessadas possam abrir caminhos para que um dia tenhamos acesso ao cacau cru. Lamentamos que não sejam vivos e sugerimos que seja aberta uma linha de pesquisa sobre a germinação das sementes de cacau associadas à fermentação a baixa temperatura como parte desta linha de produção.

Gratidão à equipe Terrapia que participou dessa imersão e informamos que a pesquisa continua. Novos fornecedores estão sendo contactados para conhecermos o processo de preparação de um alimento que tanto agrada a todos

VOCÊ GOSTARIA DE SER ABANDONADO !

24/10/2012

Doença que afeta principalmente os gatos se torna endêmica no Rio de Janeiro


Por: Renata Moehlecke
Preocupada com a saúde de seu animal de estimação, a aposentada Lenice de Souza levou a gata Carmita ao Laboratório de Pesquisa em Dermatozoonoses em Animais Domésticos do Instituto de Pesquisa Clínica Evandro Chagas (Ipec/Fiocruz), único local no Rio de Janeiro a oferecer, atualmente, mas no âmbito de projetos de pesquisa clínica, exame clínico, diagnóstico, tratamento e acompanhamento gratuito contra a esporotricose. Causada pelo fungo Sporothrix schenckii, a doença é uma micose que pode afetar animais e humanos. A esporotricose é considerada rara na forma de zoonose, ou seja, quando transmitida do animal para o homem. Porém, desde o final da década de 1990, no estado do Rio de Janeiro, a ocorrência da doença em animais, especialmente em gatos, e sua transmissão para humanos assumiram proporções epidêmicas. De lá para cá, mais de 4 mil gatos e 200 cães com esporotricose já foram diagnosticados no Ipec, assim como já foram verificados mais de 2.200 casos em humanos.
“A esporotricose é um problema de saúde pública, decorrente, principalmente, de situações como a ausência de um programa ou ações de controle da doença em humanos e animais, da falta de unidades de atendimento aos animais com o problema, de medicação gratuita para o seu tratamento em humanos e animais, do desconhecimento das medidas de controle da esporotricose por parte da população, além da dificuldade multifatorial no tratamento da micose nos gatos”, explica a médica veterinária Isabella Dib. “Hoje, o Ipec conta apenas dois ambulatórios para o estudo de animais com esporotricose e por este motivo não tem capacidade para atender a demanda exarcebada do estado do Rio de Janeiro. Por ser uma instituição de pesquisa, somente os animais que se enquadram em projetos de pesquisa clínica são atendidos e tratados, conforme o que ocorre com todas as linhas de pesquisa do Instituto. Nosso principal objetivo é tentar obter respostas para o controle da doença, o que acaba incluindo também a assistência dentro dos projetos de pesquisa clínica. Dessa forma, encaminhamos os casos que não se enquadram em nossos estudos para outras instituições que oferecem esse auxílio veterinário”.
Recomendações para suspeitas da doença
A doença era comum em jardineiros, agricultores ou pessoas que tivessem contato com plantas e solo em ambientes naturais onde o fungo pudesse estar presente em materiais orgânicos. “Até 1998, a fonte de infecção era ambiental e o número de casos registrados no Instituto não passa de dez por ano”, explica Isabella. Os pacientes eram provenientes, sobretudo, dos municípios de Duque de Caxias, São João de Meriti e Nova Iguaçu. “Não se sabe ao certo como a epidemia começou, mas, hoje, a situação já se tornou endêmica na região metropolitana do estado do Rio”, acrescenta.
A transmissão entre animais e na forma zoonótica tem ocorrido através de arranhaduras, mordeduras ou contato com as secreções de lesões de gatos doentes. “Os cães parecem não desempenhar um papel importante nesta epidemia, não havendo sido comprovada, a partir dos casos atendidos no Ipec, a transmissão ao ser humano por esses animais. Provavelmente, os poucos casos de infecção em cachorros foram devido ao contato desses com gatos doentes”, comenta a médica veterinária.
Sintomas
Nos gatos doentes, as manifestações clínicas da esporotricose são variadas: lesões na pele, que costumam evoluir rapidamente, e espirros frequentes são os sinais mais comuns e auxiliam a identificação do problema. O tratamento é prolongado (em casos mais graves, com duração de mais de um ano) e exige cuidados especiais pelo dono para que este não contraia a doença. Outras instituições públicas e privadas da região metropolitana do Rio de Janeiro (como a Unidade de Vigilância e Fiscalização Sanitária de Zoonoses Paulo Dacorso Filho, em Santa Cruz, o Unidade Municipal de Medicina Veterinária Jorge Vaitsman, a Universidade Federal Fluminense e a Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro) também realizam atendimento clínico, diagnóstico e prescrição de tratamento para a esporotricose. “No entanto, o grande problema é a indisponibilidade de medicamento gratuito”, aponta Isabella.
A médica veterinária ainda destaca que, como não existe notificação compulsória da doença, sua real incidência no Rio de Janeiro é desconhecida, sendo praticamente impossível estimar a dimensão da endemia. Ela acrescenta que diversos aspectos ainda tornam a situação difícil de ser controlada. “Muitos proprietários que são infectados pelos animais temem outros casos no domicílio e abandonam seus gatos longe das residências, favorecendo ainda mais a disseminação da doença”, destaca Isabella. “Outros sacrificam os animais, jogando os corpos em terrenos baldios ou enterrando-os nos quintais, favorecendo a perpetuação do fungo no meio ambiente”.
Carmita, a gata adotada por Lenice, constituía um desses casos de abandono de animal doente na rua. Após 10 meses de tratamento, a aposentada agradece o acolhimento prestado pelos veterinários do Ipec. “O atendimento da Fiocruz não foi somente importante: foi tudo para mim. Conheço outras pessoas que tratam os seus bichos aqui e dizem a mesma coisa. Tenho muito carinho pela instituição porque, sempre que precisei, tive toda a atenção possível”, afirma.
"Muitos proprietários que são infectados pelos animais temem outros casos no domicílio e abandonam seus gatos longe das residências, favorecendo ainda mais a disseminação da doença" (Isabella Dib, pesquisadora do Ipec/Fiocruz)
01/11/2013

Catapora: pediatra explica os sintomas, o tratamento e como se prevenir

Retrato do médico
Por: Irene Kalil (IFF/Fiocruz)
A varicela, mais conhecida como catapora, é uma doença causada pelo vírus herpes zoster, que acomete principalmente crianças. A forma mais comum de contágio é pelo contato dessa partícula viral – presente na saliva, espirro, tosse ou mesmo na fala – com a via inalatória ou a mucosa oral do indivíduo. A transmissão também pode acontecer por meio da inoculação direta, ou seja, quando as mãos têm contato com vesículas contaminadas de alguma pessoa doente e infectam a via aérea ou mucosa oral, ou indireta, pelo contato com roupas ou superfícies que foram utilizadas pela pessoa doente. Nesta entrevista, o pediatra e especialista em doenças infecciosas pediátricas do Instituto Nacional de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira (IFF/Fiocruz) Leonardo Menezes esclarece dúvidas sobre sintomas, tratamento e prevenção da doença.
Quais os principais sintomas da catapora e como é feito o diagnóstico?
Leonardo Menezes - Normalmente, o paciente desenvolve vesículas ou bolhas, em geral, de conteúdo claro e com as bordas avermelhadas. Essas bolhas, que surgem na pele de todo o corpo, inclusive no couro cabeludo, boca e outras mucosas, aparecem em surtos, ou seja, várias ao mesmo tempo, vêm acompanhadas de febre baixa a moderada com duração média de quatro dias. Outra característica da doença é que ela é polimórfica, ou seja, o paciente tem lesões de pele em vários estágios diferentes ao mesmo tempo: vesículas com conteúdo claro, às vezes um pouco mais turvo e já com crostas secas. O diagnóstico da doença é, basicamente, clínico, embora exista a possibilidade de confirmação sorológica.
Qual o tratamento adequado?
LM - Nas crianças pequenas, não é indicado qualquer tratamento, nem mesmo os conhecidos banhos de permanganato, que, quando mal diluído, pode causar queimaduras na pele e acrescentar morbidade à doença. O ideal é fazer a higiene adequada da pele, com água e sabão, durante o banho habitual, e cortar bem as unhas da criança para que ela não coce as vesículas e corra o risco de infeccioná-las. O tratamento específico com a medicação, que é o aciclovir, só é indicado em adultos ou pacientes acima dos 12 anos, pois a taxa de complicação da doença costuma ser maior. Em casos específicos, quando o paciente tem HIV, algum grau de imunossupressão ou outra comorbidade que faz com que ele manifeste uma varicela mais grave, é indicado o tratamento com aciclovir também em menores de 12 anos. Antitérmicos são indicados e deve-se lembrar de evitar ácido acetilsalicílico e ibuprofeno. Em algumas situações, pode-se lançar mão de medicações anti-histamínicas visando conter o prurido que acompanha as lesões de pele.
Quais são as principais complicações que podem acontecer em decorrência da catapora?
LM - As infecções secundárias da pele são as complicações mais comuns associadas à catapora. A doença cria na pele uma porta de entrada para bactérias, que poderão causar infecções na mesma e também nas partes moles, podendo até atingir a corrente sanguínea, provocando infecções sistêmicas e invasivas. A pneumonite viral causada diretamente pela catapora também é temida. Crianças acima de 12 anos e adultos apresentam maior potencial para desenvolvimento dessa complicação grave. Além disso, pacientes imunossuprimidos podem apresentar doença disseminada, ter acometimento do sistema nervoso central, encefalite por varicela, entre outras complicações.
Como se prevenir?
LM - Já existe vacina para a doença. Ela é relativamente nova, mas acaba de entrar no Calendário Nacional de Vacinação do SUS, compondo a tetra viral, que também protege contra sarampo, caxumba e rubéola. Segundo o Ministério da Saúde (MS), na rede pública ela está disponível somente para crianças de 15 meses de idade que já tenham recebido a primeira dose da tríplice viral e deve reduzir cerca de 80% das hospitalizações por varicela. Além da dose que deve ser dada ainda no primeiro ano de vida, a Academia Americana de Pediatria e a Sociedade Brasileira de Pediatria recomendam o reforço da vacina entre os quatro e seis anos de idade. Ele é importante para prevenir completamente a doença, pois a dose única gera, em alguns casos, uma imunidade que não impede que a pessoa manifeste a doença, ainda que numa forma mais branda.
Quem já está infectado pode tomar a vacina?
LM - A vacina não tem qualquer efeito se dada em um paciente já infectado pelo vírus, pois não há risco de ter catapora mais de uma vez, salvo em raríssimas situações. O que pode acontecer é que, após a manifestação da catapora, o vírus fica em estágio de latência, não mais sendo eliminado do organismo. Em razão disso, algumas pessoas, por diversos motivos, podem desenvolver, geralmente numa etapa mais avançada da vida, o herpes zoster, que é uma reativação do vírus numa outra manifestação clínica.
Existem contraindicações para a vacina? Quem pode tomar?
LM - Não existem contraindicações para a vacina, a não ser em casos específicos, como em alguns pacientes com HIV ou outros déficits de imunidade e em mulheres grávidas. Mas cabe ressaltar que, se a mulher não contraiu doença na infância ou não tem certeza de sua situação imunológica, é recomendável a vacinação antes de engravidar. Lembramos que, além de a infecção em adultos ser mais severa, existe a possibilidade de transmissão materno-fetal do vírus, que pode levar a defeitos congênitos no bebê, especialmente no primeiro trimestre de gestação. A literatura especializada também relata casos graves de varicela em neonatos quando a mãe desenvolveu a doença cinco dias antes ou até dois dias depois do parto. Então, se a mulher adoece no final da gravidez, isso pode ser um problema grave para a criança que vai nascer.

FPS, QUER SABER PQ?

Dermatologista alerta para cuidados com a pele no verão


Fonte: Informe Ensp
Durante o verão, aumentam as preocupações com as doenças de pele, especialmente com aquelas decorrentes da exposição excessiva ao sol, como o câncer de pele. Para alertar a população, a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) desenvolveu o Consenso Brasileiro de Fotoproteção, primeiro documento oficial sobre o assunto no Brasil.
Os objetivos da publicação e dicas sobre os cuidados com a pele no verão são o tema da entrevista concedida ao Informe Ensp pela coordenadora do Serviço de Dermatologia Ocupacial da Ensp, Maria das Graças Mota Melo, que também integra a coordenação do Departamento de Alergia e Imunologia da SBD-RJ. A especialista explica a forma mais eficaz de passar o protetor solar.
Informe ENSP: A Sociedade Brasileira de Dermatologia lançou uma série de recomendações sobre fotoproteção. O que motivou a iniciativa? Quais são as suas principais recomendações?

Maria das Graças Mota Melo: A alta incidência de câncer de pele fez com que a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) se preocupasse com essa questão e, em 1999, foi criado o Programa Nacional de Controle do Câncer da Pele. O Consenso é mais uma medida visando melhor esclarecimento e abordagem do problema. Ele representa o pensamento oficial da SBD sobre questões envolvendo a fotoproteção no Brasil, ou seja, considerando as características climáticas do país e da miscigenação da população brasileira. As principais recomendações do consenso são sobre: radiação solar e seus efeitos na pele; medidas fotoprotetoras; orientações sobre fotoproteção e vitamina D.

Informe ENSP: Quais são os principais cuidados que a população deve ter com a pele no verão? (Qual o horário recomendado para evitar a exposição ao sol?) Crianças e idosos são mais vulneráveis à exposição solar?
Maria das Graças Mota Melo: No verão, a pele deve ser protegida através de medidas como: evitar exposição solar prolongada, utilização de protetor solar e de fotoproteção mecânica (roupas, chapéus, óculos de sol, coberturas naturais ou artificiais). Deve ser estimulado o uso do maior número possível de estratégias para fotoproteção, uma vez que não há uma medida isolada que garanta a proteção ideal.  O horário recomendado para evitar exposição solar é entre 10 e 15 horas, no horário normal. Recomendações mais restritivas foram feitas para o Nordeste, devendo ser iniciada às 9 horas e, no Centro-Oeste ou nos estados com horário de verão, devendo ser estendida até as 16 horas.  As crianças e idosos são mais vulneráveis aos danos solares. As queimaduras solares, na infância propiciam o desenvolvimento de melanoma na idade adulta. O consenso da SBD faz recomendações sobre proteção solar na infância.

Informe ENSP: Há diferenças entre protetor, bloqueador e filtro solar? Como informar a população sobre o produto mais adequado para uso?

Maria das Graças Mota Melo: São denominados fotoprotetores tópicos, protetores solares ou filtros solares, os produtos utilizados na pele íntegra com a finalidade de interferir nos efeitos danosos da radiação solar incidente na pele. Quanto à formulação, os filtros ultravioleta são as substâncias ativas físicas (inorgânicas) que atuam por mecanismos de reflexão da radiação na pele ou são as substâncias químicas (orgânicas) que agem absorvendo a radiação, que incide na pele. A maioria dos protetores solares existentes combina, em suas formulações, filtros orgânicos e inorgânicos com o objetivo de atingir o nível de eficácia esperado (FPS e proteção UVA) e a cobertura mais uniforme dentro das faixas UVA e UVB.  O termo “bloqueador solar” foi abolido por dar a falsa impressão de proteção total, podendo levar o usuário a falsa sensação de segurança absoluta.  Na escolha do produto mais adequado para uso, algumas orientações são importantes:

- o Fator de Proteção Solar (FPS) mínimo recomendado pela SBD é 30. Em determinadas situações (maior sensibilidade ao sol, antecedentes pessoais ou familiares de câncer de pele, fotodermatoses, tratamento cosmiátrico, maior exposição à radiação solar no lazer ou trabalho), recomenda-se que produtos com níveis mais altos de FPS devem ser adotados.

-Protetores com FPS menores que 30 poderão ser indicados em situações e populações especiais como pacientes de pele étnica.

- A SBD recomenda o uso de filtros solares com proteção UVA, apresentando FP-UVA com no mínimo 1/3 do valor de FPS e comprimento de onda crítico igual ou maior que 370 nm. Verificar no rótulo frases como “Proteção UVA” ou “Proteção de amplo espectro”

- Produtos com resistência ou muita resistência à água devem ser utilizados em atividades ao ar livre e por banhistas

- A forma correta de uso também é fundamental. A primeira aplicação do produto deve ser feita com no mínimo 15 minutos antes da exposição, de preferência sem roupa ou com a menor quantidade possível. Duas formas de aplicação foram recomendadas: aplicação em duas camadas ou a utilização da regra da colher de chá.


- Os protetores solares devem ser reaplicados a cada 2 horas ou após longos períodos de imersão.
Informe ENSP: Em relação aos trabalhadores que exercem suas funções expostos ao sol, como devem se proteger e quais cuidados devem tomar?
Maria das Graças Mota Melo :  (1) Usar protetor solar de modo adequado, diariamente. Sugiro que sejam adotadas as mesmas recomendações da SBD para proteção solar no esporte (FPS, se possível acima de 50 e proteção UVA balanceada e proporcional);  (2) Além do protetor solar, fazem parte da proteção chapéus de abas largas, camisas de mangas compridas, calças e óculos escuros; (3) Procurar lugares com sombra sempre que possível; (4) Se possível, evitar trabalhar exposto ao sol sem proteção adequada, principalmente nos horários mais quentes do dia (entre 10h e 16h); (5) Evitar exposição ao sol quando não estiver trabalhando; (6) Procurar um serviço de dermatologia ao encontrar alterações suspeitas na pele.
Informe ENSP: Comente o trabalho realizado pelo Serviço de Dermatologia do Centro de Estudos da Saúde do Trabalhador e Ecologia Humana (Cesteh/ ENSP).
Maria das Graças Mota Melo: Além dos cuidados no exame dermatológico dos pacientes atendidos na rotina do Serviço e das orientações fornecidas sobre fotoproteção, conforme cada caso, em 29/11/2013 foram desenvolvidas no Cesteh atividades de sensibilização sobre prevenção contra câncer de pele. Apresentei palestra sobre o tema para os pacientes agendados para consulta médica, nas várias especialidades existentes no Serviço. Além disso, os funcionários da setor de acolhimento do Cesteh desenvolveram atividades como demonstração de produtos para fotoproteção mecânica (chapéus, roupas, óculos de sol), cartazes com técnica de exame da pele, endereços de locais de atendimento na Campanha de Prevenção do Câncer de Pele, que ocorreria no dia seguinte (30/11/2013). Foram distribuídos folders sobre proteção solar e sobre proteção para trabalhadores expostos ao sol.
Leia mais.

PIOLHOS, ELES ESTÃO NA PISTA(CABEÇA)

10/02/2014

Piolho: pesquisador esclarece o que é a pediculose, doença provocada pelo inseto


Por: Lucas Rocha/ Instituto Oswaldo Cruz
O início do período escolar traz à tona um problema capaz de deixar muitos pais e professores de cabelo em pé. A infestação por piolhos, que atinge a humanidade há milhares de anos, encontra na aglomeração diária de crianças o ambiente ideal para se proliferar. O biólogo Júlio Vianna Barbosa, pesquisador do Laboratório de Educação em Ambiente e Saúde do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz), desenvolve atividades educativas sobre o problema que ainda é alvo de preconceito. Em entrevista, Júlio esclarece que o piolho é um inseto que provoca uma doença (a pediculose, causada a partir da infestação pelo inseto Pediculus humanus humanus), aborda mitos e verdades sobre o assunto e defende ações educativas como a mais importante estratégia para um tratamento eficaz.
O que são os piolhos?
Os piolhos são pequenos insetos que parasitam o homem e provocam uma doença chamada pediculose. Eles se alimentam exclusivamente de sangue, preferem ambientes quentes, escuros e úmidos e depositam seus ovos nos fios de cabelo.
Quais são as espécies desse inseto?
Existem três tipos de piolho que parasitam o homem: o piolho da cabeça (Pediculus humanus capitis), o do corpo (Pediculus humanus corporis ), popularmente chamado de ‘muquirana’, e o da região pubiana (Phthirus pubis), conhecido como ‘chato’.

Como é seu ciclo de vida?
Os piolhos passam por três estágios de desenvolvimento. A fêmea do piolho coloca seus ovos, conhecidos como lêndeas, envoltos numa espécie de cola que os adere aos fios de cabelo. De sete a dez dias depois, estes ovos liberam as ninfas – nome do estágio do  piolho logo que sai do ovo. De nove a 12 dias depois, as ninfas chegam à fase adulta. Nesse estágio, os piolhos vivem cerca de 30 dias e vão se alimentar com sangue e acasalar, reiniciando o ciclo. A fêmea produz, em média, de 150 a 300 ovos ao longo da vida. A temperatura elevada é um fator importante para a proliferação dos piolhos. Quanto maior a temperatura, mais acelerado é o desenvolvimento do piolho dentro do ovo. Por isso, há maior incidência do inseto no verão.
Como acontece a transmissão?
Apesar de ser um inseto, o piolho não tem a capacidade de voar, uma vez que não possui asas, e nem de pular, pois não possui pernas adaptadas para o salto, como é o caso da pulga. A transmissão pode ocorrer de duas maneiras: por meio do contato direto, encostando cabeças para tirar uma fotografia, por exemplo, ou pelo compartilhamento de objetos de uso pessoal, como pentes e escovas, prendedores e lenços de cabelo, bonés, capacetes, travesseiros, entre outros.
É verdade que a transmissão pode estar relacionada à falta de higiene?
Não. Isso foi um conceito muito tempo atrás. Independentemente de renda, sexo ou idade, qualquer pessoa pode ter piolho, desde que não esteja atenta ao compartilhamento de objetos de uso pessoal.
Como prevenir?
Por meio de uma medida simples é possível impedir a proliferação da pediculose. Evite compartilhar objetos de uso pessoal, como bonés, pentes e escovas, prendedores de cabelo, lenços, bandanas ou capacetes.
O que causa a coceira?
A coceira é o primeiro sintoma da manifestação da pediculose e acontece devido à reação do corpo à alimentação do piolho. Para conseguir se alimentar do nosso sangue, o piolho utiliza  duas substâncias presentes em sua saliva. Ao encontrar um vaso sanguíneo, o inseto injeta saliva naquele local. Uma enzima anestésica impede que o homem sinta dor no momento em que o aparelho bucal do inseto penetra no couro cabeludo. Durante a alimentação, outra enzima entra em ação: com função anticoagulante, ela evita que o sangue coagule no intestino do piolho. A combinação destas substâncias promove uma reação do corpo humano, manifestando-se na forma de coceira intensa, um incômodo que geralmente começa atrás da orelha ou na região da nuca. Outro sintoma que pode se manifestar especialmente em crianças, dependendo da quantidade de piolhos, é o desenvolvimento de anemia.
Qual a forma mais eficaz de se eliminar os piolhos?
A melhor forma de se eliminar os piolhos é por meio do uso diário de pente fino. Para isso, a criança deve ser posicionada de costas, sentada, com um pano branco nos ombros para facilitar a visualização dos piolhos retirados. Com o cabelo dividido em partes, o pente fino deve ser usado da base até o final dos fios. Para facilitar, pode ser utilizado um creme de pentear. Essa recomendação é fundamental, porque os produtos disponíveis atualmente não têm efeito sobre a lêndea, que é o ovo do piolho.  Para retirar a lêndea, é recomendável que se utilize uma mistura de água e vinagre, na mesma proporção. Passe um pedaço de algodão molhado com a solução em três ou quatro fios de cabelo, da raiz até as pontas. Essa é uma receita caseira segura, que não traz riscos à saúde humana.
Qual é o risco de se utilizar métodos alternativos de combate à doença como inseticidas ou tinturas de cabelo?
Nenhum tipo de produto deve ser utilizado sem recomendação médica. O couro cabeludo funciona como uma espécie de esponja que absorve o que é aplicado na cabeça. Portanto, é preciso ter cautela. As tinturas de cabelo e os inseticidas podem até matar os piolhos, mas não eliminam as lêndeas. Além disso, esse tipo de material contém substâncias tóxicas que podem provocar lesões e infecções na criança. Outro mito comum consiste no uso de plantas, comumente associado a tratamentos naturais. Contudo, seu uso indevido pode gerar alergias e também deve ser evitado.
Existe um mito sobre a presença de lêndea morta no couro cabeludo. Você pode explicar?
Quando o piolho sai da lêndea, o ovo onde se desenvolveu, deixa para trás uma casca vazia. Devido à cola que adere as lêndeas no fio de cabelo, elas permanecem lá por muito tempo, surgindo, assim, a ideia de que poderia ser lêndea morto.

quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014



Las 7 fuentes principales de proteína basadas en vegetales.




Las 7 fuentes principales de proteína basadas en vegetales.


Por Rich Roll
Lo digo todo el tiempo. Contrariamente a la creencia popular, no sólo es posible optimizar tu salud con una dieta basada en vegetales, cuando se hace bien, realmente lo recomiendo.

A pesar de la profundamente arraigada, pero engañosa sabiduría convencional, la verdad es que se puede sobrevivir sin carne, huevos y lácteos. Lo creas o no, puedes prosperar, y no sufrir una deficiencia de proteínas. Porque no importa qué tan activa es tu estilo de vida, una dieta con alimento completo a base de plantas, proporciona más que suficiente proteína para satisfacer las necesidades del cuerpo sin todas las grasas saturadas que obstruyen las arterias que dominan una dieta típica.

Hablo por experiencia. Como atleta de resistencia vegano, pongo un alto impuesto sobre mi cuerpo. Y sin embargo, mi dieta a base de plantas me ha alimentado durante años sin ningún impacto negativo en la construcción de masa muscular magra o recuperación. De hecho, a los 45 años sigo mejorando y estoy tan en forma, saludable y fuerte como siempre he sido.


Aquí está una lista de 7 alimentos principales de origen vegetal ricos en proteínas:

1. Quinoa: 11g Proteína/ taza

Un grano como semilla, la quinoa es una alternativa al arroz o pasta de alto valor proteico, servido solo o encima de hortalizas y verduras. Proporciona una buena base para una hamburguesa vegetariana y es también un fantástico desayuno de cereal cuando se sirve fría con almendras o leche de coco y frutos.
Ver también:  "Conoce las propiedades y los beneficios para la salud de la semilla de quinoa" AQUÍ


2. Lentejas: 17,9 g de proteína/ taza

Las lentejas son una rica fuente de proteínas, con aproximadamente 18 g en cada taza cocida. El Instituto de Medicina recomienda consumir 0,8 g de proteína por cada kilo de peso corporal, por lo que esta cantidad representa cerca del 28 por ciento de la ingesta diaria recomendada para una persona de 180 libras (81,8 kg). Puedes convertir tu peso en kg dividiendo tu peso en libras por 2,2. Las lentejas no proporcionan una proteína completa, ya que no contienen todos los aminoácidos esenciales que el cuerpo no puede producir, pero se puede combinar lentejas con arroz o brotes de lentejas para obtener una proteína completa.

3. Tempeh: 24 g de proteína/ 4 onzas

Un alimento a base de soja fermentada, el tempeh es una alternativa al no fermentado tofu. Está repleto de proteínas saludables. Es como una gran hamburguesa vegetariana y funciona también como una sabrosa alternativa a la carne como albóndigas en pasta o con arroz integral y verduras.
Ver "Cómo preparar Tempeh - saludable alimento fermentado de soya/soja" AQUÍ



4. Seitan: 24g de proteína/ 4 onzas

Un excelente sustituto de la carne, pescado y productos de soja, una porción contiene aproximadamente 25% de la dosis diaria recomendada de proteínas. Pero no para aquellos con sensibilidad al gluten, ya que está hecho a partir de gluten de trigo.

5. Frijoles (Negro, Rojo, Mung, Pinto): 12-15g de proteínas / taza

Son muy buenos en un burrito vegetariano, en salsas y sopas, en ensaladas o con arroz con verduras, los frijoles de todo tipo deben ser un elemento básico de tu dieta diaria.
También ver " Guía básica sobre Frijoles (Porotos) y cómo incluirlos en una hamburguesa" AQUÍ

6. Espirulina: 6 g de proteína / 10 gramos

Es un alga azul-verde, la espirulina es una proteína completa altamente biodisponible que contiene todos los aminoácidos esenciales. En 60% de proteína (lo más alto de todos los alimentos naturales), es una fuente inagotable de proteínas de origen vegetal que en tus batidos/licuados diarios, hace una saludable mezcla.
también ver "Qué es la espirulina, sus maravillosas propiedades y beneficios"  AQUÍ

7. Las semillas de cáñamo: 16 g de proteína / 3 cucharadas

Con una ración perfecta de ácidos grasos omega-6 y omega-3, ácidos grasos esenciales, las semillas de cáñamo son otra proteína completa biodisponible sólo comparable a la espirulina. Una adición simple y grande a una multitud de platos, desde cereales para el desayuno, ensaladas y batidos, a verduras y arroz.
Ver esta rica receta de hamburguesa con semilla de cáñamo: "Riquísima Hamburguesa Vegana Picante" AQUÍ

 Rich Roll es dos veces ganador en el Campeonato Mundial de Ultraman, y en 2010 fue la primera persona (junto con su colega Jason Lester) en completar el EPIC5 - 5 triatlones en las islas de Hawai en menos de una semana.

Traducción al español: equipo de Vida Lúcida www.unavidalucida.com.ar Toda la traducción al español con derechos reservados. Fuente en inglés: http://www.mindbodygreen.com; otras fuentes: www.ehowenespanol.com





Cómo hacer Tempeh - saludable alimento fermetado de soya.



Cómo hacer Tempeh - saludable alimento fermetado de soya.


Originario de Indonesia, dónde es un verdadero manjar y se fermenta en hojas de banano (en vez de bolsitas de plástico) el tempeh es considerado por este humilde cocinero como una de las mejores carnes vegetales. La soja se digiere mucho mejor cuando esta fermentada aportando enzimas, proteínas de altísima calidad, hierro y calcio (presentes naturalmente en la soja) y otros nutrientes esenciales.
Se puede comer estofado, en guisos, frito (acompañar con ajo y perejil picado), rebozado (empanado) en tacos y en infinidad de preparaciones.

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Como verán acá usamos un ingrediente bastante raro: el Tempeh starter o iniciador de tempeh.
Nota: hay muchos lugares online o locales sonde se puede conseguir. Buscar siempre un sitio confiable.

Una vez que me llega el hongo, ya puedo poner en remojo la soja, y una hora después de haber estado en remojo, masajeo la soja un poco para que el grano se rompa y pierda la cáscara, la dejo 7 horas más remojando. (esto por que no la consigo partida y descascarada).
Una vez que la soja esta remojada durante 8 a 10 horas (depende del clima, si hace calor 8 si hace frio 10 o 12) la escurro y la llevo a una olla con agua suficiente para cubrir los granos. Hiervo durante 30 minutos, escurro el agua que le haya quedado (aca ya puedo agregar el vinagre que es para que la soja pierda un poco de su sabor amargo) y la vuelvo al fuego un poco más para que se seque un poco.


Una vez que seque la soja un poco la dejo entibiar hasta los 35/40ºC (que no este caliente caliente digamos) le agrego una cucharadita pequeña del iniciador, mezclo bien para que el polvo se distribuya bien por todos los granos, meto dentro de una bolsita (de 18x28 cm apx.) cierro la bolsa y hago agujeritos para que respire. Lo dejo en un lugar cálido por 3 días y ya está listo.

Conservar en la heladera hasta 10 días, congelado varios meses. Se puede hacer tempeh con poroto mung (alubias mungo), arroz y otras legumbres o cereales. La mezcla mitad arroz, mitad soja esta muy buena, solo hay que reemplazar la mitad de la soja por arroz hervido y escurrido. También queda muy bueno agregando una taza de semillas de girasol crudas peladas.
A mi me parece riquísimo, pero hay mucha gente que no aguanta el sabor ni la textura, prueben y me cuentan.

Tempeh básico:

Ingredientes.

600 g de semillas de soja amarilla, mejor sin cáscara.
5 cdas de vinagre blanco o de manzana
1 cdta de fermento iniciador de tempeh
Agua cantidad necesaria

Método.

Remojar la soja durante al menos 8 horas, escurrir el agua y poner en una olla la soja y el vinagre juntos, se debe agregar agua hasta cubrir la soja y hervir a fuego fuerte, una vez que empiece a hervir bajar el fuego a mínimo y cocinar hasta que se consuma toda el agua, asegurarse que el agua se ha consumido completamente revolviendo con cuchara de madera. Apagar el fuego y dejar enfriar las semillas hasta que estén tibias, pero no muy frías. Agregar una cucharadita del fermento y mezclar muy bien durante 1 minuto, con una cuchara de madera. Distribuir la preparación dentro de 3 bolsitas de plástico de 18 x 28 cm y cerrar la bolsa (yo uso un sellador para también quitar todo el aire de adentro), hacer varios agujeros con un tenedor, o con un escarba dientes (o palillo) para que el fermento pueda respirar y dejar reposar en un lugar cálido de la casa durante al menos 3 días. A partir de las 48, si la temperatura no ha variado demasiado y se mantiene en un promedio de 37ºC, se podrá observar que la superficie del tempeh empieza a verse color blanco y el bloque se puede manipular sin que se deforme. Cuando toda la superficie este e color blanco el tempeh estará listo. Se puede congelar, en la nevera o heladera durará una semana. Pueden observarse alguna coloración oscura o no deseada producto de agentes contaminantes, por eso es muy importante la asepsia a la hora de preparar tempeh. El tempeh perfecto es aquel que no presenta diferencias de coloración o puntos oscuros. Si esto ocurre se puede eliminar la parte afectada y consumir el resto sin problemas.
Se lo puede consumir crudo en ensaladas o cocinado en estofados o fritos. Se lo reemplaza fácilmente en recetas que contienen tofu o carnes vegetales.

Fuente: www.dimensionvegana.blogspot.mx

LA ACUPUNTURA, LA REINA!

L

La acupuntura le gana la batalla al dolor crónico

Día 12/09/2012 - 06.06h

Un estudio ha demostrado que la tradicional técnica china puede mitigar la artritis, las migrañas y los dolores de espalda

No siempre hay que tenerle miedo a las agujas. Así lo ha demostrado un reciente estudio sobre acupuntura, el más exhaustivo realizado hasta ahora, en el que se evidencia que esta técnica milenaria es capaz de aliviar dolores crónicos.
Se ha oído hablar de la acupuntura en multitud de ocasiones, ya sea como remedio para dejar de fumar o como método para calmar la ansiedad ante el duro reto de adelgazar. Sin embargo, y a pesar de que se han realizado numerosos estudios, ninguno había llegado a aportar datos tan firmes como los que deja este análisis.
Financiado por el National Institutes of Health de EE.UU. y publicado en Archives of Internal Medicine, el estudio demuestra que llevar a cabo este tipo de tratamiento puede mitigar la artritis, las migrañas e incluso los dolores de espalda crónicos. Andrew Vickers, del Memorial Sloan-Kettering Cancer Center de Nueva York, con la ayuda de otros científicos, realizaron pruebas aleatorias controladas en 17.922 pacientes de España, Reino Unido, Alemania, Suecia y Estados Unidos. La mitad de los pacientes tratados exponían que tras someterse a la técnica habían experimentado mejoras.

Seis años de indagación

Durante la investigación se recopilaron y analizaron estudios anteriores, además de utilizar diferentes técnicas en las pruebas, lo que prolongó su desarrollo hasta 6 años. Por un lado se realizó acupuntura «real», referida a la que se ejecuta mediante la inserción de las agujas en el cuerpo, y por otro la acupuntura «falsa» o de «mentiritas», agujas que se insertan superficialmente y otro tipo de procedimientos sin agujas. «Encontramos que la acupuntura es superior tanto a la no aplicación de acupuntura en el grupo de control, como a la 'acupuntura de mentiritas' en el tratamiento del dolor crónico», explicaban los expertos.
Uno de los motivos de la rigurosidad de este estudio es que Vickers no se conformaba con recopilar y leer los datos de estudios previos. Junto con su equipo de científicos seleccionaron 29 estudios aleatorios sobre acupuntura, determinados como de alta calidad, y contactaron con los autores. Consiguieron así los datos en bruto y posteriormente los analizaron junto con los obtenidos en las pruebas, logrando conclusiones mucho más precisas y fiables.
Si el temor a las agujas no te lo impide, somertete a unos cuantos «molestos» pinchazos puede acabar, o por lo menos aminorar notablemente, tu dolencia.

AGROTÓXICO, conheça-os!


Raquel Rigotto: A herança maldita do agronegócio

publicado em 20 de fevereiro de 2011 às 18:28

por Manuela Azenha
“O uso dos agrotóxicos não significa produção de alimentos, significa concentração de terra, contaminação do meio ambiente e do ser humano”
Raquel Rigotto é professora e pesquisadora do Departamento de Saúde Comunitária da Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Ceará. Coordenadora do Núcleo Tramas – Trabalho, Meio Ambiente e Saúde, Raquel contesta o modelo de desenvolvimento agrícola adotado pelo Brasil e prevê que para as populações locais restará a “herança maldita” do agronegócio: doenças e terra degradada.
Desde 2008, o Brasil ultrapassou os Estados Unidos para se tornar o maior consumidor de agrotóxicos do mundo. Segundo dados da Organização das Nações Unidas, é também o principal destino de agrotóxicos proibidos em outros países.
Na primeira parte da entrevista, Raquel fala sobre o “paradigma do uso seguro” dos agrotóxicos, que a indústria chama de “defensivos” agrícolas. De um lado todo mundo sabe que eles são nocivos. De outro se presume que haja um “modo seguro” de utilizá-los. O aparato legislativo existe. Mas, na prática… Raquel dá um exemplo: o estado do Ceará, que é onde ela atua, não dispõe de um laboratório para fazer exames sobre a presença de  agrotóxicos na água consumida pela população. Ela começa dizendo que em 2008 e 2009 o Brasil foi campeão mundial no uso de venenos na agricultura. Clique abaixo para ouvir a primeira parte:

Na segunda parte da entrevista, Raquel diz que os agrotóxicos contribuíram mais com o aumento da produção de commodities do que com a segurança alimentar. Revela que cerca de 50% dos agrotóxicos usados no Brasil são aplicados na lavoura da soja. Produto que se tornará ração animal para produzir carne para os consumidores da Europa e dos Estados Unidos. Diz que o governo Lula financiou o agronegócio a um ritmo de 100 bilhões de reais anuais em financiamento — contra 16 para a agricultura familiar — e que foi omisso: não mexeu na legislação de 1997 que concedeu desconto de cerca de 60% no ICMS dos agrotóxicos. Enquanto isso, o Sistema Único de Saúde (SUS) está completamente despreparado para monitorar e prevenir os problemas de saúde causados pelos agrotóxicos. Clique abaixo para ouvir a segunda parte:

Na terceira parte da entrevista Raquel diz que Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) nem sempre tem apoio dentro do próprio governo para tratar do problema dos agrotóxicos. Afirma que é tarefa de pesquisadoras como ela alertar o governo Dilma para a gravidade do problema, já definida por pesquisadores como uma “herança maldita” que as grandes empresas do agronegócio deixarão para o Brasil; doenças, terras degradadas, ameaça à biodiversidade. Ela lembra que o rio Jaguaribe, que corta áreas de uso intensivo de agrotóxicos, é de onde sai a água para consumo da região metropolitana de Fortaleza. Clique abaixo para ouvir a terceira parte:

[Clique aqui para saber como a Globo e Kátia Abreu perderam a batalha da Cutrale]
Transcrição da entrevista:

Viomundo – O Brasil continua sendo o maior consumidor de agrotóxicos do mundo?
Raquel Rigotto -  Os dados de 2008 e 2009 apontaram isso, eu não vi ainda os de 2010.  Mas nos anos anteriores tivemos esse triste título.
V – Por que a senhora acha que o Brasil vai nesse contra-fluxo? Os Estados Unidos e a UE proibindo o uso de agrotóxicos e o Brasil aumentando o consumo?
RR -  É um fenômeno que tem muito a ver com o contexto da reestruturação produtiva, inclusive da forma como ela se expressa no campo.  Nós estamos tendo na América Latina, como um todo, uma série de empreendimentos agrícolas que se fundam na monocultura, no desmatamento, são cultivos extensivos, de área muito grande, então isso praticamente obriga a um uso muito intenso de agrotóxicos. Então tem a ver com a expansão do chamado agronegócio na América Latina, como um todo.
V – Existem pesquisas que comprovam os malefícios dos agrotóxicos?
RR – Sim, os agrotóxicos antes de serem registrados no Brasil, eles são analisados pelo Ministério da Saúde, da Agricultura e do Meio Ambiente e eles são classificados de acordo com sua toxicidade para a saúde humana e de acordo com o seu impacto para o meio ambiente. Então desde o começo, quando eles são registrados, a gente já sabe que eles são produtos nocivos. Isso já vem descrito nas monografias que as próprias indústrias  fabricantes apresentam para os órgãos dos governos. Aqueles que são classificados como grupo 1, por exemplo, do ponto de vista da toxicidade para a saúde humana, são aqueles que são extremamente tóxicos, depois vêm os altamente tóxicos e os moderadamente tóxicos ou os pouco tóxicos.
Já sabemos desde o início que são substâncias nocivas à vida e têm impacto não só sobre as pragas mas sobre as pessoas e os ecossistemas. Agora, para além disso nós temos uma larga gama de estudos mostrando os impactos ambientais dos agrotóxicos, as contaminações de água, de ar, de solo, de redução da biodiversidade, de contaminação de alimentos, e também do ponto de vista da saúde humana, que vai desde a intoxicação aguda até os chamados efeitos crônicos.
V – Se a nocividade desses produtos é algo comprovado, por que eles não são banidos?
RR -  Na verdade, o que se construiu foi o que a gente chama de paradigma do uso seguro. Quer dizer, se reconhece que há uma nocividade mas também se propõe estabelecer condições para o uso seguro. Aí você tem limitações desde os tipos de cultivos em que cada produto pode ser usado, o limite máximo de tolerância dele no ambiente de trabalho, até mesmo na água de consumo humano, o tipo de equipamento de proteção que deve ser fornecido aos trabalhadores e também a informação que eles devem ter.
Você tem um amplo aparato legislativo que criaria condições para um suposto uso seguro desses produtos. Mas a partir das experiências nossas aqui de cultivo na fruticultura irrigada para exportação no Ceará, a gente vem questionando muito se existe esse uso seguro. Por exemplo, o governo estadual, que tem o órgão estadual de meio ambiente, que deteria a atribuição de acordo com a legislação federal de monitorar os impactos ambientais dos agrotóxicos,  não dispõe de um laboratório que seja capaz de identificar a contaminação da água por agrotóxicos. Na pesquisa, enviamos as amostras para Minas Gerais porque no Ceará não tem órgãos públicos que o façam. E nem mesmo no setor privado tem instituições de segurança. E existem uma série de outras evidências de que essas condições do uso seguro não estão vigendo.
V – Hoje o mundo precisa dos agrotóxicos?
RR – Vivemos um discurso de que os agrotóxicos redimiriam o mundo da fome. Isso nós experimentamos historicamente e própria ONU e a FAO reconhecem que houve o aumento da produção daquilo que chamamos hoje de commodities, como a soja, o açúcar,  a cana, mas isso não implicou segurança alimentar e redução dos padrões de desnutrição e subnutrição entre os mais pobres. Ampliou-se a produção dessas commodities mas sequer a gente pode chamá-las de alimentos porque o problema da fome persiste.
Quem produz alimentos, quem produz comida realmente no Brasil, é a agricultura familiar. No ano de 2008, mais de 50% dos agrotóxicos consumidos no Brasil foi nas plantações de soja. Essa soja é em grande parte exportada para ser transformada em ração animal e subsidiar o consumo europeu e norte-americano de carne. Então isso não significa alimentação para o nosso povo, significa concentração de terra, redução de biodiversidade, contaminação de água, solo e ar e contaminação dos trabalhadores e das famílias que vivem no entorno desses empreendimentos. Além das enormes perdas para os ecossistemas, o cerrado, a caatinga e até mesmo o amazônico, que está sendo invadido pela expansão da fronteira agrícola.
Então é claro que deixar de usar agrotóxico não é algo que se possa fazer de um dia para o outro, de acordo com o que os agrônomos têm discutido, mas por outro lado nós temos muitas experiências extremamente positivas de agroecologia, que é a produção de alimentos utilizando conhecimentos tradicionais das comunidades e saberes científicos sensíveis da perspectiva da justiça sócio-ambiental. Esses sim, produzem qualidade de vida,  bem viver, soberania e segurança alimentar, e conservação e preservação das condições ambientais e culturais.
V -  Como a senhora avalia a política do governo Lula em relação aos agrotóxicos?
RR – O governo Lula teve um papel muito importante na expansão do agronegócio no Brasil. Para dar dados bem sintéticos, o financiamento que o governo disponibilizou para o agronegócio anualmente foi em torno de 100 bilhões de reais e para a agricultura familiar foi em torno de 16 bilhões de reais. Então há um desnível muito grande.
O governo Lula foi omisso em relação às legislações vigentes no Brasil desde 1997, que concedem uma isenção de 60% do ICMS para os agrotóxicos. Ou seja, existe um estímulo fiscal à comercialização, produção e uso dos agrotóxicos no país. Isso, evidentemente, atrai no espaço mundial investimentos para o nosso país, investimentos que trabalham com a contaminação. Também poderíamos falar das políticas públicas, continuamos com o Sistema Único de Saúde, que apesar de ser da maior importância enquanto sistema de universalidade, equidade, participação e integração, ainda é um sistema completamente inadequado para atender a população do campo.
Ainda é um sistema cego para as intoxicações agudas e os efeitos crônicos dos agrotóxicos. E com raríssimas exceções nesse enorme país, é um sistema que ainda não consegue identificar, notificar, previnir e tratar a população adequadamente.  Existe uma série de hiatos para a ação pública que precisam ser garantidos para que se possa respeitar a Constituição Federal no que ela diz respeito ao meio ambiente e à saúde.
V – Alguns agrotóxicos tem sido revistos pela ANVISA. Como esse processo tem corrido?
RR – A ANVISA pautou desde 2006, se não me engano, a reavaliação de 14 agrotóxicos.  Segundo estudos inclusive dos próprios produtores, as condições relatadas no momento do registro tinham se alterado e, portanto, pensaram em reavaliar as substâncias. Esse processo vem correndo de forma bastante atropelada porque o sindicato da indústria  que fabrica o que eles chamam de “defensivos agrícolas”, utiliza não só de suas articulações com o  poder político no Senado Federal, com a bancada ruralista, mas também de influências sobre o Judiciário, e gerou uma série de processos judiciais contra a ANVISA, que é o órgão do Ministério da Saúde responsável legalmente por essas atribuições. Mas alguns processos já foram concluídos.
V – A senhora acha que essa reavaliação pode ser vista como um avanço na política nacional?
RR – A ANVISA é um órgão que tem lutado com competência para cumprir aquilo que a legislação exige que ela faça mas às vezes ela tem encontrado falto de apoio dentro dos próprios órgãos públicos federais. Muitas vezes o próprio Ministério da Agricultura não se mostra comprometido com a preservação da saúde e do meio ambiente como deveria, a Casa Civil muitas vezes interfere diretamente nesses processos, o Ministério da Saúde muitas vezes não tem compreensão da importância desse trabalho de reavaliação dos agrotóxicos. A ANVISA é uma das dimensões da política pública, no que toca às substâncias químicas, que vem tentando se desenvolver de maneira adequada, mas com muitos obstáculos. No contexto mais geral, a gente ainda enxerga poucos avanços.
V – As perspectivas daqui pra frente, no governo Dilma, não trazem muita esperança, então…
RR – Acho que vamos ter a tarefa histórica, enquanto pesquisadores, movimentos sociais e profissionais da saúde, de expôr ao governo Dilma as gravíssimas implicações desse modelo de desenvolvimento agrícola para a saúde da população como um todo.  Porque não são só os agricultores ou os empregados do agronegócio, os atingidos por esse processo. Aqui no nosso caso [do Ceará], por exemplo, o rio que banha essas empresas e empreendimentos, que é o rio Jaguaribe, é o mesmo cuja água é trazida para Fortaleza, para abastecer uma região metropolitana de mais de 5 milhões de pessoas. Essa água pode estar contaminada com agrotóxicos e isso não vem sendo acompanhado pelo SUS.
Nós temos toda a questão das implicações da ingestão de alimentos contaminados por agrotóxicos na saúde da população. Em que medida esse acento dos cânceres, por exemplo, na nossa população, como causa de morbidade e de mortalidade cada vez maior no Brasil, não tem a ver com a ingestão diária de pequenas doses de diversos princípios ativos de agrotóxicos, que alteram o funcionamento do nosso corpo e facilitam a ocorrência de processos como esse, já comprovado em diversos estudos. Então é preciso que o governo esteja atento.
Nós temos uma responsabilidade de preservar essa riqueza ambiental que o nosso país tem e isso é um diferencial nosso no plano internacional hoje. Não podemos deixar que nossa biodiversidade, solos férteis, florestas, clima, luz solar, sejam cobiçados por empresas que não têm critério de respeito à saúde humana e ao meio ambiente quando se instalam naquilo que elas entendem como países de terceiro mundo ou países subdesenvolvidos.
V – Por que o Brasil com tamanha biodiversidade, terra fértil e água necessita de tanto agrotóxico?
RR – Porque a monocultura, que é a escolha do modelo do agronegócio, ao destruir a biodiversidade e plantar enormes extensões com um único cultivo, cria condições favoráveis ao que eles chamam de pragas, que na verdade são manifestações normais de um ecossistema reagindo a uma agressão. Quando surgem essas pragas, começa o uso de agrotóxico e aí vem todo o interessa da indústria química, que tem faturado bilhões e bilhões de dólares anualmente no nosso país vendendo esse tipo de substância e alimentando essa cultura de que a solução é usar mais e mais veneno.
Nós temos visto na área da nossa pesquisa, no cultivo do abacaxi, eram utilizados mais de 18 princípios ativos diferentes de agrotóxicos para o combate de cinco pragas. Depois de alguns anos, a própria empresa desistiu de produzir abacaxi porque, ainda que com o uso dos venenos, ela não conseguiu controlar as pragas. Então é um modelo que, em si mesmo, é insustentável, é autofágico. As empresas vêm, degradam o solo e a saúde humana e vão embora impunemente. Fica para as populações locais aquilo que alguns autores têm chamado de herança maldita, que é a doença, a terra degradada, infértil e improdutiva.
Clique aqui para ouvir entrevista que o Viomundo fez com João Pedro Stédile, do Movimento dos Sem Terra (MST), a partir da qual decidimos nos aprofundar no assunto.
Clique aqui para saber sobre a pesquisadora que descobriu venenos no leite materno.
E aqui para ler uma entrevista com Wanderlei Pignati, pesquisador do impacto dos agrotóxicos em Mato Grosso.

INGESTO E TRANSFERÊNCIA


Exclusivo: A pesquisadora que descobriu veneno no leite materno

publicado em 15 de março de 2013 às 7:22
publicação original em 26/03/2011, às 7h22m
A repórter Manuela Azenha esteve em Cuiabá, Mato Grosso, onde assistiu à defesa de tese da pesquisadora Danielly Palma. A ela coube pesquisar o impacto dos agrotóxicos em mães que estavam amamentando na cidade de Lucas do Rio Verde. A seguir, o relato:
Lucas do Rio Verde é um dos maiores produtores de grãos do Mato Grosso, estado vitrine do agronegócio no Brasil. Apesar de apresentar alto IDH (índice de desenvolvimento humano), a exposição de um morador a agrotóxicos no município durante um ano é de aproximadamente 136 litros por habitante, quase 45 vezes maior que a média nacional — de 3,66 litros.
Desde 2006, ano em que ocorreu um acidente por pulverização aérea que contaminou toda a cidade, Lucas do Rio Verde passou a fazer parte de um projeto de pesquisa coordenado pelo médico e doutor em toxicologia, Wanderlei Pignatti, em parceria com a Fiocruz. A pesquisa avaliou os resíduos de agrotóxicos em amostras de água de chuva, de poços artesianos, de sangue e urina humanos, de anfíbios, e do leite materno de 62 mães. A pesquisa referente às mães coube à mestranda da Universidade Federal do Mato Grosso, Danielly Palma.
A pesquisa revelou que 100% das amostras indicam a contaminação do leite por pelo menos um agrotóxico. Em todas as mães foram encontrados resíduos de DDE, um metabólico do DDT, agrotóxico proibido no Brasil há mais de dez anos. Dos resíduos encontrados, a maioria são organoclorados, substâncias de alta toxicidade, capacidade de dispersão e resistência tanto no ambiente quanto no corpo humano.
No dia seguinte à defesa de sua tese, Danielly concedeu uma entrevista ao Viomundo.
Para ouvir, clique abaixo:

Viomundo – A sua pesquisa faz parte de um projeto maior?
Danielly Palma – Minha pesquisa foi um subprojeto de uma avaliação que foi realizada em Lucas do Rio Verde e eu fiquei responsável pelo indicador leite materno. Mas a pesquisa maior analisou o ar, água de chuva, sedimentos, água de poço artesiano, água superficial, sangue e urina humanos, alguns dados epidemiológicos, má formação em anfíbios.
Viomundo – E essas pesquisas começaram quando e por que?
Danielly Palma – Começamos em 2007. A minha parte foi no ano passado, de fevereiro a junho. Lucas do Rio Verde foi escolhido porque é um dos grandes municípios produtores matogrossenses, tanto de soja quanto de milho e, consequentemente, também é um dos maiores consumidores de agrotóxicos. Em 2006, quando houve um acidente com um desses aviões que fazem pulverização aérea em Lucas, o professor Pignati, que foi o coordenador regional do projeto, foi chamado para fazer uma perícia no local junto com outros professores aqui da Universidade Federal do Mato Grosso. Então, começaram a entrar em contato com o pessoal e viram a necessidade de desenvolver projetos para ver a que nível estava a contaminação do ambiente e da população de Lucas.
Viomundo – E qual é o nível de contaminação em que a população de Lucas se encontra hoje? O que sua pesquisa aponta?
Danielly Palma – Quanto ao leite materno, 100% das amostras indicaram contaminação por pelo menos um tipo de substância. O DDE, que é um metabólico do DDT, esteve presente em 100%, mas isso indica uma exposição passada porque o DDT não é utilizada desde 1998, quando teve seu uso proibido. Mas 44% das amostras indicaram o beta-endossulfam, que é um isômero do agrotóxico endossulfam, ainda hoje utilizado. Ele teve seu uso cassado, mas até 2013 tem que ir diminuindo, que é quando a proibição será definitiva. É preocupante, porque é um organoclorado que ainda está sendo utilizado e está sendo excretado no leite materno.
Viomundo – Foram essas duas substâncias as registradas?
Danielly Palma – Não, tem mais. Foi o DDE em 100% das mães [que estão amamentando]; beta-endossulfam  em 44%; deltametrina, que é um piretróide, em 37%; o aldrin em 32%; o alpha-endossulfam, que é outro isômero do endossulfam, em 32%; alpha-HCH, em 18% das mães,  o DDT em 13%; trifularina, que é um herbicida, em 11%; o lindano, em 6%.

Viomundo – E o que essas susbstâncias podem causar no corpo humano?

Danielly Palma – Todas essas substâncias tem o potencial de causar má formação fetal, indução ao aborto, desregulamento do sistema endócrino — que é o sistema que controla todos os hormônios do corpo — então pode induzir a vários distúrbios. Podem causar câncer, também. Esses são os piores problemas.
Viomundo – Você disse que as mães foram expostas há mais de dez anos. As substâncias permanecem no corpo por muito tempo?
Danielly Palma – Permanecem. No caso dos organoclorados, de todas as substâncias analisadas, o endossulfam é o único que ainda está sendo utilizado. Desde 1998 os organoclorados foram proibidos, a pesquisa foi realizada em 2010, e a gente encontrou níveis que podem ser considerados altos. Mesmo tendo sido uma exposição passada, como as substâncias ficam muito tempo no corpo, esses sintomas podem vir a longo prazo.
Viomundo – Durante a sua defesa de mestrado, em que essa pesquisa foi apresentada, os membros da banca ressaltaram o quanto você sofreu para realizar a pesquisa. Quais foram as maiores dificuldades?
Danielly Palma – A minha maior dificuldade foi em relação à validação do método. Porque, quando você vai pesquisar agrotóxicos, tem de ter uma precisão muito grande. Como são dez substâncias com características diferentes, quando acertava a validação para uma, não dava certo para outra. Então, para ter um método com precisão suficiente para a gente confiar nos resultados, para todas as substâncias, foi um trabalho que exigiu muita força de vontade e tempo. Foi praticamente um ano só para validar o método.
Viomundo – Essas mães que foram contaminadas exercem ou exerceram que tipo de atividade? Como elas foram expostas ao agrotóxico?
Danielly Palma – Das 62 mulheres que eu entrevistei, apenas uma declarou ter contato direto com o agrotóxico. Ela é engenheira agrônoma e é responsável por um armazém de grãos. Três mães residem na zona rural, trabalhando como domésticas nas casas dos donos das fazendas. É difícil dizer que quem está longe da lavoura não está exposto em Lucas do Rio Verde, pela localização da cidade, com as lavouras ao redor. Mas a maioria das entrevistadas trabalha no comércio, são professoras do município, algumas donas de casa, mas não são expostas ocupacionalmente. A questão é o ambiente do município.

Viomundo – Mas a contaminação se dá pelo ar, pela alimentação?

Danielly Palma -  A alimentação é uma das principais vias de exposição. Mas, por se tratar de clorados, que já tiveram seu uso proibido, então eu posso dizer que o ambiente é o que está expondo, porque também se acumulam no ambiente. No caso da deltametrina e do endossulfam, que ainda são utilizados, o uso atual deles é que está causando a contaminação. Mas, nos usos passados [dos agrotóxicos agora proibidos], a causa provavelmente foi a exposição à alimentação — na época em que eram utilizados — e o próprio meio ambiente contaminado.

Viomundo – Quais são as principais propriedades dessas substâncias encontradas?

Danielly Palma – Os organoclorados têm em comum entre si os átomos de cloro na sua estrutura, o que dá uma grande toxicidade a eles. Eles têm alta capacidade de se armazenar na gordura, alta pressão no vapor e o tempo de meia-vida deles é muito longo, por isso que para se degradar demora muito tempo. São altamente persistentes no ambiente, tanto nos sedimentos, solo, corpo humano, e têm a capacidade de se dispersar. Tanto que no Ártico, onde eles nunca foram aplicados, são encontrados resíduos de organoclorados.
Viomundo – O professor Pignati comentou que a Secretaria da Saúde dificultou um pouco a pesquisa de vocês, mas que vocês fizeram questão da participação do governo. Por que?
Danielly Palma – Nós vimos a importância da participação deles porque, quando a exposição da população está num nível elevado e está tendo uma incidência maior de certas doenças, é lá na ponta que isso vai estourar, é no PSF (Programa Saúde da Família). Então, a gente queria que a Secretaria da Saúde acompanhasse para ver em que nível de exposição essa população está e para que  tome medidas. Para que recebam essas pessoas com algum problema de saúde e saibam diagnosticar, saibam de onde está vindo e o porquê de tantas incidências de doenças no município.
Viomundo – Se a maioria dessas substâncias não está mais sendo utilizada, o que pode ser feito daqui para frente para diminuir o impacto delas sobre o ambiente e a saúde?
Danielly Palma – Em relação a essas substâncias que não estão sendo mais utilizadas, infelizmente, não temos mais nada a fazer. Já foram lançadas no ambiente e nos organismos das pessoas. A gente pode parar e pensar no modelo de desenvolvimento que está sendo posto, com esse alto consumo de agrotóxico e devemos tomar cuidado com as substâncias que ainda estão sendo utilizadas para tentar evitar um mal maior.
Viomundo – Como que o agrotóxico pode afetar o bebê?
Danielly Palma – Esses agrotóxicos são lipofílicos e se acumulam no tecido gorduroso, então ficam no organismo e passam para o sangue da mãe. Através da placenta, como há troca de sangue entre mãe e feto, acabam atingindo o feto. E alguns tem a capacidade de passar a barreira da placenta e atingir o feto. Durante a lactação, o agrotóxico acaba sendo excretado pelo leite humano.
Viomundo – Então, mesmo que não amamente o filho, ele pode nascer com resíduo de agrotóxico?
Danielly Palma – Sim, isso se a contaminação da mãe for muito elevada.
Viomundo – Foi o caso nas mães [pesquisadas] de Lucas do Rio Verde?
Danielly Palma – Alguns níveis [encontrados] consideramos altos, até porque o leite humano deveria ser isento de todas essas substâncias. Deveria ser o alimento mais puro do mundo. E a gente vê que isso não ocorre, tanto nos meus resultados quanto em trabalhos realizados no mundo inteiro que evidenciaram essa contaminação. A criança acaba sendo afetada desde a vida uterina e depois na amamentação é mais uma quantidade de agrotóxicos que ela vai receber. Mas é sempre bom lembrar do risco-benefício do aleitamento materno. Nunca se deve incentivar a mãe a parar de amamentar porque seu leite está contaminado. As vantagens do aleitamento materno são muito maiores do que os riscos da carga contaminante que o leite pode vir a ter.
Viomundo – Quais os riscos dessa contaminação?

Danielly Palma
– Os riscos saberemos somente com um acompanhamento a longo prazo dessas crianças. O que pode acontecer são problemas no desenvolvimento cognitivo e, dependendo da carga que o bebê receba desde a gestação, pode causar má formação, que pode só ser percebida mais tarde.
Viomundo – Esse acompanhamento dos efeitos dos agrotóxicos no corpo humano já foi feito ou ainda é uma coisa a fazer?
Danielly Palma – Quanto ao sistema endócrino, existem evidências. Estudos comprovaram a interferência dos agrotóxicos. Quanto a câncer, má formação e ações teratogênicas (anomalias e malformações ligadas a uma perturbação do desenvolvimento embrionário ou fetal),  estudos realizados em animais apontam para uma possivel ação dos agrotóxicos nesse sentido. Mas no ser humano não tem como você testar uma única substância. Quando fazem pesquisas, sempre são encontradas mais de uma substância no organismo e, portanto, não se sabe se é uma ação conjunta dessas substâncias que elevou aquele efeito ou se foi a ação de uma substância apenas.

Viomundo – Os resultados da pesquisa são alarmantes?

Danielly Palma – Foram alarmantes, mas ao mesmo tempo já esperávamos por esse resultado, até porque já tínhamos em mãos resultados da parte ambiental. Vimos que a exposição da população estava muito alta. Com o ambiente contaminado daquela forma, já era esperado encontrar a contaminação do leite, uma vez que o ambiente influencia na contaminação humana também.

Viomundo  – O que será feito com esses resultados?


Danielly Palma
– Os resultados já foram encaminhados às mães e, no início do projeto, assumimos o compromisso de, no final, nos reunirmos com elas e explicarmos os resultados. Esperamos que as autoridades do município e de todas as regiões produtoras acordem para o modelo de desenvolvimento que eles estão adotando, porque não adianta ter um IDH alto, ter boa educação e sistema de saúde, se a qualidade de vida em termos de exposição ambiental é péssima.
Para ler  entrevista com o professor Wanderlei Pignati, que coordenou toda a pesquisa, clique aqui.
Para ler  entrevista com a professora Raquel Rigotto, que pesquisa o mesmo assunto no Ceará, clique aqui.